Entre os grupos que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto estão caravanas que saíram do Tocantins, inclusive de Palmas. Governador não informou se vai mandar investigar golpistas.
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), afirmou na noite deste domingo (8), que o Tocantins vai se juntar aos demais estados do país na luta pela democracia e colaborar para o restabelecimento e manutenção da ordem pública.
A nota foi emitida após o ataque de golpistas que invadiram Brasília (DF) neste domingo (8). Entre os grupos que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, estão caravanas que saíram do Tocantins, inclusive de Palmas.
Wanderlei participou de uma reunião com os governadores do país para definir como será o apoio dos estados em relação ao possível envio de forças de segurança.
“A Democracia se faz respeitando as opiniões divergentes e o contraditório. As cenas lamentáveis vistas em Brasília na tarde deste domingo não representam os ideais do nosso Povo. O Governo do Tocantins se junta aos demais Estados Brasileiros na defesa da Democracia e para colaborar no reestabelecimento e manutenção da ordem pública”, disse o governador em nota.
Wanderlei Barbosa, que apoiou Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022, não informou se haverá alguma investigação sobre os organizadores das caravanas no Tocantins.
A reportagem apurou que a Polícia Civil só deve investigar os tocantinenses que tenham participado dos atos de vandalismo se haver solicitação do governo de Brasília.
Em dezembro do ano passado, após a vitória de Lula (PT) nas urnas, a diretoria de inteligência da Polícia Civil do Tocantins investigou e conseguiu identificar 11 suspeitos de organizarem os atos golpistas contra o resultado das eleições, bloqueando rodovias no estado.
Além do governador, a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB) também se manifestou e descreveu o ataque aos três poderes da República como uma barbárie.
Ataque a Brasília
Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, neste domingo (8), após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras e depredaram os prédios dos três poderes da República até batalhões da polícia retomarem a Esplanada e a Praça dos Três Poderes em Brasília.
Durante a tarde o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro.
Lula deu uma coletiva para falar do decreto em Araraquara, no interior de São Paulo, para onde viajou no início da manhã para ver efeitos das intensas chuvas na cidade.
O presidente determinou que o ataque terrorista seja apurado para que se chegue a quem financiou e coordenou os taques.
Por Patrício Reis e Ana Paula Rehbein, g1 Tocantins