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Feirantes acionam Defensoria após serem removidos de feira livre em Gurupi

Eles foram removidos por causa de obra de revitalização da praça de alimentação e instalado no Mercado Municipal, sem estrutura.

A revitalização da praça de alimentação de uma feira livre, uma das principais de Gurupi tem causado preocupação para os feirantes. Ele chegaram a acionaram a Defensoria Pública.

Em uma área isolada por tapumes ao lado da Feira Livre de Gurupi é onde funcionava há mais de 15 anos, a praça de alimentação, e é onde está prevista uma obra para implantação de nove novos boxes de lanchonetes e restaurantes.

Tudo foi demolido e os comerciantes removidos do local. A alternativa apresentada pela prefeitura, até a conclusão da obra, foi a instalação provisória deles no Mercado Municipal, o que vem gerando preocupação.

“Estava com muito bicho morto dentro. Uma pessoa veio limpar para mim, uma sujeira horrível”, diz a feiranteVirginia Bezerra.

Virginia não quis tocar o restaurante no Mercado Municipal que hoje só concentra comerciantes de grãos, utensílios domésticos e rações animais. O prédio é um galpão antigo, inaugurado há décadas como um Centro de Abastecimento. São 22 boxes, muitos deles desativados. As péssimas condições de conservação são visíveis. No teto tem muita sujeira feita por bombos e lâmpadas queimadas.

Não é apenas a questão da higiene. Tem a fragilidade da segurança com portas bastante deterioradas. Tudo improvisado, o ambiente é escuro. A feirante Noeli Golzer teve que recorrer a um tapume para separar a cozinha do restaurante.

“Os clientes tem dificuldade para encontrar a gente aqui, os estapo também não é bom porque ficou apertado, sem contar que as portas também não funcionam”, reclama.

A feirante Jaqueline Rodrigues Barreira se recusou a instalar a lanchonete no box do mercado e para não suspender o atendimento pediu emprestado este ponto perto da feira.

“Não teve condições de trabalhar porque a primeira coisa que eles exigem é o alvará de funcionamento . Também não tinha água, nossos pontos estavam desorganizados, totalmente sem estrutura de trabalho”, afirma.

No caso da pastelaria da feirante Deidianny Couto Amorim, o ponto comercial veio parar no estacionamento do mercado. Ela conta que perdeu clientela e soma outros prejuízos com a demolição do ponto que havia acabado de receber reparos na estrutura para se adequar as exigências da Vigilância Sanitária.

Outra preocupação dos feirantes é com o que prevê o projeto: já que teriam sido informados de que na área onde ficava a praça de alimentação deles, serão construídas salas comerciais. Para cobrar esclarecimentos da prefeitura, eles procuraram a Defensoria Pública.

“O que os feirantes reclamaram junto a Defensoria foi a preocupação já que foram retirados do local por uma notificação da prefeitura com cinco dias de prazo, indicando que seria feito uma reforma, uma construção de boxes padronizados para eles, com uma melhor estrutura. Só que no incio do mês de julho, eles estiveram no local verificando isso e não exisitira essa contrução de novos boxes. Nós solicitamos que prefeitura encaminhasse essa solicitação e indicasse onde seria os boxes e a prefeitura não fez isso. Por isso nós entramos com uma demanda judicial para que o juiz obrigasse o muncípio a presentar a documentação que a gente precisava. O juiz deu essa liminar determinando que o município apresentasse em 24h. Isso foi feito na sexta-feira e agora começa uma fase de análise dessa documentação”, explica a defensora pública Lara Gomide.

A defensora disse que vai avaliar detalhadamente o projeto. “Vamos ficar de olho até para prevenir danos aos feirantes que foram as pessoas impactadas.”

A Secretaria da Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente de Gurupi informou que, ao fim da primeira etapa de revitalização da feira vão ser entregues 54 salas para abrigar os feirantes. A segunda etapa de obras, segundo a secretaria, deve ser iniciada em180 dias.

 G1/TO

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