Ingrid Irene Ribeiro era de São José dos Pinhais, na Região de Curitiba, e faria 21 anos nesta segunda-feira (30). Caminhão em que ela estava tombou na quinta-feira (26), no Vale do Ribeira.
A mãe do bebê que nasceu depois de um caminhão tombar na Rodovia Régis Bittencourt, em Cajati, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo, foi identificada pela família como Ingrid Irene Ribeiro.
O tombamento aconteceu na quinta-feira (26). Ingrid foi arremessada do caminhão onde estava e morreu depois de ter o abdômen rompido. A ruptura obrigou o bebê a nascer involuntariamente. Até domingo (29), ela não tinha sido identificada porque estava sem documentos.
Ingrid era de São José dos Pinhais, na Região de Curitiba, e completaria 21 anos nesta segunda-feira (30). Ela era dona de casa. A irmã, Adriele Ribeiro, confirmou o falecimento dela nas redes sociais.
Ao G1, a irmã disse que os parentes foram até São Paulo para reconhecer e liberar o corpo na tarde de domingo. Nesta segunda-feira (30), o corpo de Ingrid deve ser velado e enterrado no Cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais.
Agora, a família aguarda uma liberação judicial para levar a criança para o Paraná também. O pai da recém-nascida vive em Santa Catarina. A família de Ingrid afirma não saber o porquê da jovem estar viajando para São Paulo.
O acidente
O acidente aconteceu nas proximidades do quilômetro 527. As tábuas de madeira transportadas pelo caminhão caíram em cima da passageira, que teve o abdômen rompido.
As equipes de emergência encontraram o bebê em meio aos destroços e o socorreram até o Hospital Regional, em Pariquera-Açu, cidade vizinha a Cajati.
Segundo o hospital, a menina já saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, onde estava internada por precaução devido ao trauma do parto, e foi levada a uma unidade de cuidados intensivos intermediários. Ela está saudável, passa bem e é muito tranquila.
A equipe médica chama a menina de Giovana. A família de Ingrid, porém, diz que a bebê deve ser batizada como Jenifer.
Já o motorista recebeu alta na sexta-feira (27) e, segundo a família, está em casa. A polícia informou que ele deu uma carona para a grávida em um posto às margens da BR-116, em São José dos Pinhais, a cerca de 100 km de distância do local do acidente.
Ele prefere não falar sobre o assunto por estar abalado emocionalmente. Aos médicos que prestaram o atendimento, ele disse que não conhecia a mulher. A empresa em que ele trabalha preferiu não se manifestar.
De acordo com o médico do resgate Elton Fernando Barbosa, em entrevista no sábado (28), a recém-nascida está bem de saúde.
“Com certeza, foi um milagre. Não tem outra explicação. Ela não vai ter nenhuma sequela”, afirma.
G1 Tocantins.