Uma família de Pequizeiro, a 250 km de Palmas, está há mais de 50 dias procurando por José Jeorge Pereira da Silva.
O idoso de 83 anos foi visto pela última vez no dia 23 de julho. O homem desaparecido toma remédios e sofre com várias doenças.
A espera e a falta de respostas deixam os parentes angustiados.
“A gente queria saber pelo menos o paradeiro. Aonde ele parou. Até hoje não foi encontrado nem os vestígios nem nada. E ele tomava remédios para a pressão, para mal de Parkinson e sofria de Alzheimer. Ele já estava ruim para andar e de repente sumiu”, disse o produtor rural José Conceição da Silva.
No momento em que percebeu o desaparecimento, a família acionou a polícia e montou grupos para fazer buscas na cidade.
Junto com equipes do Corpo de Bombeiros, eles procuraram o idoso em áreas de mata, mas nenhuma pista foi encontrada.
“Está todo mundo angustiado querendo saber notícias dele, mas até agora nenhuma notícia. Não sabemos onde ele está, não sabemos o que aconteceu”, disse Maria Luzia Conceição da Silva, filha do idoso.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da cidade. “A Polícia Civil não cessará enquanto não tiver notícias do seu paradeiro. No momento ainda não há nenhuma suspeita, haja vista que ele se encontrava sozinho no local no dia dos fatos, à noite, não sendo encontrado por seus familiares no dia seguinte”, disse o delegado João Luís Jucá.
Conforme os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de pessoas desaparecidas aumentou.
De janeiro a 12 de setembro deste ano foram 365 registros de desaparecimentos. No ano passado foram 194. Só em Palmas 135 pessoas desapareceram nos últimos meses.
Thiago D’avila, advogado de políticas criminais e segurança pública da Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins, diz que a comissão da OAB acompanha de perto os casos envolvendo pessoas desaparecidas .
“Nós estamos acima da média dos estados em relação ao número de pessoas que desaparecem. E é importante que não só as instituições, mas a sociedade como o todo, tenham essa preocupação. Para que não haja o desaparecimento de pessoas, principalmente de crianças, pessoas vulneráveis, mas que também tenhamos, pós a situação de desaparecido, uma investigação célere”, disse.
g1 Tocantins