Apenas os pacientes estão recebendo alimentação de forma precária; justiça está ciente das irregularidades na saúde
Mais uma vez o fornecimento de alimentos nos hospitais públicos do Estado, pela empresa Litucera Ltda, é motivo de preocupação. Conforme o Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado (Seet), acompanhantes de pacientes e funcionários não estão recebendo alimentos nos três hospitais da Capital, além dos Regionais de Gurupi (HRG) e Dianópolis (HRD). Já no Hospital Regional de Augustinópolis (HRA) a situação é mais grave e o fornecimento está suspenso para todos, segundo o Seet.
De acordo com uma funcionária do Hospital Geral de Palmas (HGP), que não quis se identificar, ontem apenas pacientes receberam uma sopa no almoço e jantar, e no café da manhã e lanche estão servindo apenas pão com manteiga ou cuscuz e não tem leite. “Ontem no café da manhã foi servido cuscuz, chá e tangerina para os pacientes”, contou.
Conforme o Seet, no HGP, os servidores públicos estão sem alimentação desde sábado, e na última terça-feira a falta de alimentação passou a atingir também os acompanhantes e pacientes. Além disso, o sindicato recebeu a denúncia de que, ontem, na unidade também não tinha papel toalha, papel higiênico e alguns medicamentos e insumos estavam em falta, como esparadrapo.
Conforme o presidente do Seet, Claudean Pereira Lima, o sindicato já notificou o governo e a empresa Litucera Ltda, e aguarda respostas em um prazo de 48 horas, sobre os motivos da falta de alimentação. “Já virou moda, uma moeda de troca, toda vez que o governo deixa de fazer um pagamento é cortada a alimentação. É um absurdo”, disse.
Justiça
De acordo com a promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery, em dezembro passado, o Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública do Estado (DPE) ajuizaram uma Ação Civil Pública (ACP) na 1ª Vara da Justiça Federal com as irregularidades cometidas na área da saúde, inclusive referentes à descontinuidade e irregularidade no fornecimento de alimentos.
“Nós recebemos um relatório de fiscalização do Conselho Regional de Medicina (CRM) nesta semana e nós do MPE e DPE fomos ao HGP na segunda-feira e confirmamos esta situação e estamos concluindo o relatório para peticionar na Justiça Federal”, informou.(fonte:jornal do tocantins)