Lugar onde funcionava destacamento da PM está fechado em Cariri do TO.
Moradores reclamam do aumento da criminalidade e falta de segurança.
Os moradores de Cariri do Tocantins, sul do estado, estão preocupados com a onda de criminalidade. O detalhe é que a cidade está sem policiamento. O local onde deveria funcionar o destacamento da Polícia Militar está fechado. Já a delegacia, não tem delegado e funciona em alguns dias da semana, segundo os moradores.
A cidade tem pouco mais de quatro mil habitantes. Nos últimos dias ocorreram quatro roubos à residência, um a supermercado, outro a um hotel. Foi registrada também uma tentativa de homicídio no último domingo (17), em uma praça da cidade.
“Tem mais de três ou quatro meses que eu tenho reparado falta de policial e a segurança preocupa muito. A gente tinha um certo sossego, hoje está constante. Em média, toda semana tem um roubo na casa de alguém”, reclama o motorista Ariosvaldo Rezende.
O portão da casa onde funcionava o destacamento da PM está trancado com cadeados e correntes. Na parede, há um número de telefone celular, mas os moradores dizem que ninguém atende as ligações. Há também a opção de ligar para o 190, mas as chamadas são transferidas para a Centro Integrado de Operações (Ciop) de Gurupi, cidade a 18 km de Cariri.
“O nome é só para inglês ver, não atende”, ressalta o autônomo, Amilton de Oliveira.
A cidade tem uma delegacia de Polícia Civil para registros de ocorrência, mas é difícil encontrar o prédio aberto. No portão, um aviso diz que o atendimento é realizado na segunda, quarta e sexta-feira. Nos outros dias, são feitas diligências e intimações.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a delegacia de Cariri é atendida pelo mesmo delegado da 3ª delegacia de polícia de Gurupi.
A SSP informou ainda que a delegacia funciona em horário comercial e que, devido à proximidade de Gurupi, os plantões são registrados naquela cidade. Esclarece que atualmente o estado conta com apenas 73 delegados de polícia, lotados no interior, para atender 184 unidades policiais, o que torna impossível a lotação de um delegado em cada delegacia ou mesmo em cada sede de comarca. O problema deve ser resolvido com a conclusão do concurso da Polícia Civil em andamento.
A PM não se pronunciou sobre o caso.
Fonte:G1/TO