Justiça deu prazo de dez dias para governo resolver o problema. Grávidas estão sendo transferidas para Palmas.
A falta de médico obstetra continua sem solução na maternidade do Hospital Regional de Gurupi, na região sul do estado. Na manhã desta quinta-feira (2), acompanhantes relataram que as Grávidas estão enfrentando muita dificuldade no atendimento.
A dona de casa Doralice dos Santos Viana diz que a filha dela sente dores e contrações, mas não conseguiu receber atendimento. Elas já estiveram na unidade outras duas vezes, mas foram mandadas de volta para casa.
“Quando foi agora, três horas da manhã ela voltou a sentir muita dor. Era para ganhar até dia 30 [de julho], porque já está com 39 semanas, mas eu cheguei aqui e não tem médico, não tem como atender”, afirmou.
A estudante Vânia Rita Coelho conta que saiu de Sandolândia com a irmã para buscar atendimento em Gurupi “Ela tá completando as 39 semanas, não pode ter parto normal e trouxemos para cá. Só que ao chegar aqui, eles falam que não sabe se vai ter médico ou não. Quando liga, eles falam que é para aguardar porque não pode passar escala e que se ela passar mal vai ter que ser encaminhada para Porto ou Palmas”, contou.
A situação da maternidade vem sendo acompanhado pelo Ministério Público desde o ano passado.
O problema voltou a se agravar na semana passada, quando a maternidade já estava há seis dias sem médico para fazer os partos. A unidade atende outras 17 cidades e as mulheres em trabalho de parto precisavam ser transferidas para Palmas.
Agora, uma decisão da Justiça estabeleceu um prazo de 10 dias para que a situação seja resolvida. Caso contrário, poderá ser aplicada uma multa diária de R$ 1 mil para o governador e secretário estadual de saúde.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde informou, em nota, que trabalha para fortalecer toda a rede hospitalar, mas tem dificuldade para encontrar e contratar profissionais. Disse ainda que, mesmo diante disto, a rotina de atendimento está normalizada no Regional de Gurupi.
G1 Tocantins.