Em depoimento, homem afirmou que foi proibido de encontrar filhos há cerca de 40 dias. Criança, de 1 ano, foi achada morta dentro de casa, em Goiânia. Irmão, de 12, acredita que foi dopado pela mãe, afirma polícia.
O pai da bebê de 1 ano que morreu e depois teve o corpo carbonizado dentro de casa, em Goiânia, disse em depoimento à Polícia Civil que não via a criança e o outro filho, um adolescente de 12 anos, há cerca de 40 dias por imposição da ex-mulher. Mãe dos dois, ela foi presa suspeita de matar a filha com golpes de marreta e pôr fogo ao corpo. Segundo a delegada Caroline Paim, que fez o flagrante, ele alegou que a mulher não aceitava o fim do relacionamento.
Após ser presa, a mulher, de 33 anos, prestou depoimento, alegou que teria sido dopada, mas deu outras informações desconexas, que segundo a polícia não ajudaram na investigação. Ela ainda não tem advogado.
Conforme a polícia, o casal manteve a união por 12 anos e se separou há cerca de dois. O filho mais velho, que chegou a receber atendimento médico, mas não teve lesões sérias, está sob os cuidados do pai.
“O marido foi ouvido e disse que, mesmo após a separação, sempre tiveram um relacionamento tranquilo, sem brigas. Mas, há cerca de 40 dias, a ex o proibiu de ver os filhos porque ele não queria reatar. Inclusive, ele afirmou que estava procurando a Justiça para tentar resolver a situação”, disse a delegada ao site.
O corpo da criança foi encontrado na quinta-feira (21), carbonizado, dentro de uma piscina de plástico, sob entulhos na casa onde morava com a mãe e o irmão.
O garoto também prestou depoimento e afirmou que sempre teve ótima relação com o pai. Ele que estava na casa quando o incêndio ocorreu, disse que aparentava estar dopado e acordou assustado quando viu o fogo.
“Ele contou que estava na casa e que acordou muito assustado, pois estava dormindo desde segunda-feira (18), depois de tomar um copo d’água dado pela mãe. Ele contou que acordou sendo arrastado [pela mãe], conseguiu sair da casa e foi até uma vizinha, onde comeu”, afirmou Caroline.
Exame toxicológico
A delegada disse que tanto a mulher, quando o filho, já passaram por exames toxicológicos. O intuito é saber se de fato eles foram dopados e com qual substância. Os laudos não têm prazo para serem concluídos.
O ex-marido disse que a mulher não tinha nenhum problema psicológico ou tomava qualquer remédio controlado.
A mulher está detida na Central de Flagrantes e deve passar por audiência de custódia.
G1Goiás.