Ataque aconteceu durante uma competição esportiva. Dois adolescentes de 15 anos foram apreendidos.
O estudante de 13 anos que foi esfaqueado dentro de uma escola municipal de Palmas continua internado. O adolescente sofreu um corte profundo no braço e recebe cuidados médicos no Hospital Geral de Palmas (HGP). Ele passou por cirurgia e ainda não há previsão de alta.
A briga que deixou o aluno ferido aconteceu na última terça-feira (21) na Escola Municipal Sávia Fernandes Jácome, no setor Bela Vista, durante uma competição esportiva.
Dois adolescentes suspeitos foram apreendidos e autuados por ato infracional análogo a tentativa de homicídio. Os dois têm 15 anos.
Um dos adolescentes suspeitos também era estudante da escola. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) afirma que a faca usada no ato infracional teria sido passada pelo muro.
Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam que o Tocantins registrou aumento de casos de lesões corporais nas unidades escolares.
Só neste ano 21 estudantes foram vítimas de agressões. No mesmo período de 2021 eram contabilizados 4 casos. O aumento é de 425%.
As ameaças também aumentaram. Este ano já foram registrados 51 casos, contra 17 até junho de 2021. O crescimento é de 200%.
O Ministério Público do Tocantins vai se reunir com a Secretaria de Educação e com o Conselho Tutelar para falar sobre medidas que podem evitar violência nas escolas.
O promotor Benedito de Oliveira disse que precisa envolver vários órgãos na discussão. “É para que a gente possa obter um desenvolvimento de capacidade empática, de tolerância mútua para que essas ações possam ser prevenidas”, explicou.
A direção da escola diz ver a situação como uma tragédia e afirma estar dando toda a assistência necessária à família da vítima. A agressão serviu de alerta para educadores.
“Os alunos ficaram dois anos fora da escola e de certa forma perderam um pouco essa rotina escolar. Eles estão em fase de adaptação novamente. Nós precisamos apoiar esses alunos nas competências socioemocionais que muitas vezes voltaram abaladas devido a perdas e sofrimentos durante a pandemia “, disse Verni Oliveira, representante da Secretaria de Educação.
A mãe da vítima quer que as investigações sejam aprofundadas. “Quero justiça. Que vá em frente, seguir a justiça. É o que eu quero nesse momento”.
g1 Tocantins