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Estado tem remédio em estoque e não entrega para pacientes, diz defensor

Medicação seria para pagar empréstimo feito com outro Estado.
São 274 pacientes com tratamento parado desde janeiro deste ano

Pacientes que sofrem com hipopituitarismo, doença em que o organismo deixa de produzir o hormônio de crescimento, estão sem receber o medicamento necessário desde janeiro deste ano. Segundo a Defensoria Pública do Estado, existem doses paradas no almoxarifado do governo.

São 274 pacientes com o tratamento parado por falta da medicação. Quem é diagnosticado com a doença passa por um processo de seleção na assistência farmacêutica do estado e entra na fila para receber. Cerca de 60 pacientes esperam para começar o tratamento.

A filha da Andrea Nogueira foi diagnosticada com a doença há um mês. Para não atrasar o tratamento, a mulher gastou R$ 1,5 mil para comprar o medicamento. “Não tem condições do jeito que está, sem nenhuma previsão. A gente vai até a assistência farmacêutica e ninguém comunica nada. Só diz que não tem a medicação e não tem previsão de quando vai ter”, disse Andrea Nogueira.

De acordo com o defensor público Artur Pádua, existem doses paradas no estoque do governo, mas elas devem ser enviadas para outro Estado. “A informação é de que tinha que fazer um rapasse de parte dessa medicação para um outro Estado em razão de ter pego um empréstimo. É prudente que se faça a entrega e que providencie outra forma de repor essa medicação para quem emprestou”, explicou.

Sem uma solução para o problema, os pais de crianças com a deficiência temem que o tratamento seja prejudicado. “Sem o remédio, todo o processo que iniciou e o ganho que teve vai ser interrompido”, conta a professora Aline Martins.

Os pais de Maria Paula, de 9 anos, têm a mesma preocupação. “Um ou dois dias que falta já atrapalha todo o planejamento feito com a dosagem”, disse Paulo Kitagwa.

Conforme a médica Patrícia Bastos, a medicação não pode ser interrompida. “Tem que ser feita toda noite, do dia do diagnóstico até cerca de 14 anos de idade óssea”, afirmou.

Resposta
A Secretaria Estadual de Saúde disse, em nota, que recebeu um lote de quase 1.200 doses do medicamento e está iniciando a distribuição para os pacientes cadastrados na assistência farmacêutica do Estado.(fonte:g1/to)

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