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Estado deve gastar R$ 14 milhões com banco de dados para secretarias

Ideia é centralizar informações de todas as secretarias em um servidor único. Governo diz que sistema trará economia, pois deve eliminar bancos individuais, mas deputados criticam.

O governo do Tocantins deve gastar mais de R$ 14 milhões com um novo banco de dados que vai centralizar as informações das secretarias, institutos e autarquias da administração estadual. O contrato para a criação do serviço foi licitado e o serviço vai ser realizado por uma empresa com sede no Distrito Federal. A ideia, de acordo com o governo, é economizar ao eliminar os sistemas individuais de cada secretaria, que estão instalados em Palmas.

Os bancos de dados são usados por governos e empresas para armazenar cópias digitais de documentos, imagens e áudios relacionadas com as instituições. O servidor é onde os arquivos ficam guardados e de onde podem ser acessados por outros computadores.

O superintendente de tecnologia da informação da Secretaria de Planejamento, Stanley Carlos de Novais, afirma que o novo servidor deve ser instalado em uma sala protegida dentro do Palácio Araguaia. Um servidor de reserva também deve ser instalado em outra secretaria para assegurar que os dados não sejam perdidos em alguma eventualidade.

Os R$ 14 milhões são para a instalação dos dois bancos, a criação de uma nuvem online privada para o governo e para a transferência da tecnologia e dos dados.

Hoje, cada secretaria tem um servidor individual onde armazena estas informações. Mesmo as pastas que não têm grande necessidade espaço na internet para o armazenamento das informações precisam ter um banco de dados. O custo de manutenção varia de acordo com o órgão, mas nos maiores servidores, como os da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde, por exemplo, o valor pode chegar a R$ 4 milhões ao ano.

Para armazenar todas as informações que estão nos vários bancos de dados individuais hoje, o estado precisa de um banco de dados com capacidade para armazenar pouco mais de 150 terabytes. O banco de dados que vai ser instalado deve ter capacidade de 300 terabytes. A expectativa é de que ele não precise de nenhuma expansão por pelo menos quatro anos.

O contrato foi assinado em abril de 2017 e vale até abril de 2021, quando todo o processo de instalação e transferência de dados deve ser concluído. O governo afirma que a empresa vai apenas criar a infraestrutura e que os dados só serão acessados por servidores autorizados do governo.

Críticas ao projeto

O projeto foi criticado por parlamentares de oposição ao governo de Marcelo Miranda (PMDB). O deputado Alan Barbiero (PSB) questionou a necessidade de um banco de dados pago, dizendo que foi informado que que existe uma rede de cabos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) instalada na Praça dos Girassóis que abrigaria um banco de dados gratuito.

A informação foi negada pelo governo, que disse que os cabos em questão são apenas uma rede de fibra ótica que fornece acesso à internet para algumas secretarias.

Outro questionamento foi feito pelo deputado Olyntho Neto (PSDB), que disse que o estado já possui equipamentos suficientes para o armazenamento das informações. O governo disse que os equipamentos aos que o deputado se referia têm mais de oito anos e já estão defasados. O custo de manutenção no longo prazo, de acordo com o governo, é superior ao custo da instalação de um sistema centralizado.

G1/To

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