Ex-presidente segue na ponta ainda que declarado culpado, em primeira e segunda instâncias, em caso de corrupção envolvendo imóvel no Guarujá.
Pesquisas do Datafolha divulgadas após as condenações em primeira e segunda instâncias sofridas pelo ex-presidente Lula – uma em setembro e outra no final de janeiro – mostram que as punições não demoveram de parte considerável da população a intenção de voto no petista.
“Esse quadro não é para questionar a qualidade do julgamento em pauta, mas apenas para dizer que os efeitos de uma ação de uma instituição que tem perdido credibilidade tende a ter um efeito reduzido sobre a intenção de voto”, explicou ao portal o coordenador da área de comportamento político da ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política), Ednaldo Ribeiro.
Doutoranda em Ciência Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a pesquisadora Flávia Bozza Martins pontua que colocar em Lula a posição de grande vilão no que se refere à corrupção endêmica no país também conta.
A despeito de todo o movimento, tanto da mídia quanto do Judiciário, em dar saliência para este tema e de colocar o Lula nesse papel de uma pessoa que concentrou tudo o que se refere à corrupção nas últimas semanas e meses, a atenção um pouco a desconfiança institucional do brasileiro. Acho que isso oferece uma pista de por que isso não quis dizer muita coisa para o eleitor.”
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