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Em velório de sargento morto pela Polícia Civil, PM diz que ‘guerra vai continuar’

Sargento morreu após abordagem em Gurupi, no sul do estado. Delegado responsável pela investigação resolveu deixar o estado após divulgação do vídeo nas redes sociais.

Um vídeo gravado durante o velório do sargento da Polícia Militar Gustavo Teles mostra um outro policial da mesma companhia afirmando que “os combatentes vão continuar a guerra que o sargento começou”. 

O oficial morreu após uma abordagem da Polícia Civil em Gurupi, na noite da última segunda-feira (22). Após a divulgação do vídeo, o delegado que fez o primeiro atendimento do caso resolveu deixar o estado.

“A informação que a gente teve foi de que a saída dele [do delegado] de Gurupi e do Tocantins foi em razão de ameaças que foram feitas por policiais militares e principalmente por um vídeo que está circulando nas redes sociais, em que um membro da Companhia Independente de Operações Especiais disse que a morte do colega vai ter volta e que estamos tentando denegrir a honra dele”, explicou o delegado Bruno Boaventura em entrevista ao G1.

No vídeo citado por Boaventura, um membro da Companhia Independente de Operações Especiais, da qual o sargento Gustavo Teles participava, diz que os “amigos e combatentes estarão sempre continuando a guerra que ele começou, pois a voga não vai parar. Os entendedores entenderão. O nosso irmão não morreu em vão e vai ser honrado”.

O governo do estado informou que não vai se posicionar sobre o vídeo.

Em nota, a Polícia Militar do Tocantins informou que tem prestado todo o apoio necessário, no sentido de colaborar com as investigações que envolvem os dois sargentos e que já está em curso um Procedimento Administrativo para apurar as circunstâncias que envolveram os militares.

“É de interesse institucional que sejam apuradas as posturas dos policiais militares pela PM, bem como a forma de condução daquela ocorrência e da investigação, por parte da Polícia Civil”, disse a corporação em nota.

A Secretaria de Segurança Pública também foi questionada, mas ainda não se posicionou.

O caso

A polêmica começou na noite de segunda-feira (22) quando duas pessoas foram mortas por homens em uma motocicleta em Gurupi. Enquanto atendiam a primeira ocorrência, os policiais civis disseram ter identificado dois suspeitos em uma moto.

Durante abordagem, o sargento da PM Gustavo Teles foi baleado e morreu. O outro ocupante da moto era o sargento Edson Vieira. Ele está internado e deve responder pelos dois homicídios registrados antes da abordagem.

Durante depoimento Vieira negou envolvimento nos assassinatos, mas a Polícia Civil afirmou que a perícia técnica confirmou que a arma dele foi usada nos dois crimes.

Entenda

Na mesma noite da morte do policial foram registrados outros dois homicídios na cidade. As vítimas foram Neuralice Pereira de Matos, de 22 anos, e Nataniel Gloria de Medeiros, de 28 anos.

Outros dois jovens foram baleados de forma semelhante. Eles estavam em uma calçada junto com outras pessoas, quando atiradores passaram de moto e dispararam. Os feridos foram levados para o Hospital Regional de Gurupi.

Os crimes teriam sido praticados de forma semelhante: dois homens em uma motocicleta atiraram contra as vítimas.

O vídeo de uma câmera de segurança na avenida Alagoas, no centro de Gurupi, mostra o momento em que Nataniel Gloria de Medeiros, de 28 anos, é baleado.

Nas imagens é possível ver quando dois homens em uma moto se aproximam de Nataniel, que andava de bicicleta, e fazem um disparo. A vítima cai e então os motociclistas fogem do local. O caso foi na noite desta segunda-feira (22).

Vídeo no G1 Tocantins.

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