Após três eleições consecutivas, São Paulo estará fora desse lista. O maior colégio eleitoral do País – com 33 milhões de eleitores ou 22,4% do total – vai escolher seu futuro governador em um segundo turno. Às vésperas da votação, João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB, que concorre à reeleição) disputam as duas vagas.
Na divisão por partidos, o maior vencedor regional hoje devem ser o PT, que caminha para reeleger seus três governadores nordestinos: Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI). O PSB também pode ganhar em três Estados.
Em seguida estão MDB e DEM, que devem sair vitoriosos em dois Estados cada. PSD, PCdoB, PSDB, PP e PHS também contam comemorar uma vitória nas urnas.
Estreante no grupo de partidos que comandam governos estaduais há quatro anos, o PCdoB segue firme para levar a reeleição em primeiro turno, com Flávio Dino.
Ele está entre os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas locais, com 59% das intenções de voto, mesmo patamar alcançado por Ronaldo Caiado, do DEM, que disputa o pleito em Goiás. “Enfrentei duas máquinas: uma do governo estadual do PSDB e outra do governo federal do MDB na campanha. O goiano é ordeiro e trabalhador e quer mudança”, disse Caiado. O democrata deve quebrar uma sequência de 20 anos de governos tucanos no Estado.
Os campeões na popularidade são os petistas Rui Costa (BA) e Camilo Santana (CE), com 77% e 86%, respectivamente, e o emedebista Renan Filho (AL), com 83%. “Eu acho que é um reconhecimento, independente do resultado, à humildade e ao trabalho. E trabalhei muito. Fui o governador na Bahia que mais fiz viagens ao interior, 470 viagens oficiais a trabalho”, disse Costa, o governador baiano.
O sucesso de Camilo é resultado direto da aliança que formou para essa disputa. Além do PT, ele reuniu outros 15 siglas pela reeleição, o que lhe deixou praticamente sem adversários no pleito. Na lista está o PDT do presidenciável Ciro Gomes, a quem apoia publicamente, já que é afilhado político da família – Cid Gomes, irmão de Ciro e ex-governador, lidera as pesquisas para a corrida pelo Senado.
“Os apoios políticos foram aumentando na medida em que o governo foi conseguindo avanços e a população reconhecendo o trabalho. Aceitamos aqueles apoios que vieram para fazer parte do projeto que tem melhorado a vida dos cearenses”, disse ao Estado. Camilo ainda destaca que, mesmo em meio a uma das maiores crises enfrentadas pelo país, “o Ceará avançou em todas as áreas, tem a educação pública modelo para o Brasil e é o estado com maior equilíbrio fiscal”.
O PHS, que assumiu o governo do Tocantins em eleição complementar realizada em junho deste ano – o pleito foi convocado após cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice dele, Cláudia Lelis (PV) por captação ilegal de recursos para a campanha eleitoral -, também deve manter o cargo. O atual governador Mauro Carlesse alcançou 57% dos válidos.
Normalidade
Se a eleição em São Paulo neste ano surge como surpresa, por avançar ao segundo turno, a disputa no Acre volta à sua ‘normalidade’. Isso porque, em 2014, o pleito foi decidido pela primeira vez na segunda etapa da eleição. Agora, a expectativa é que o primeiro colocado, que já soma 54% dos votos válidos, seja declarado vencedor. Segundo as pesquisas, Gladson Cameli possivelmente será o único eleito pelo PP.
Também dentro da normalidade o MDB deve confirmar a eleição de representantes de dois de seus principais caciques. Em Alagoas, Renan Calheiros vai eleger mais uma vez o filho, Renan Filho (já governador), e, no Pará, Jader Barbalho vai repetir o feito com Helder Barbalho.
Se as últimas sondagens feitas no Paraná se confirmarem mais um herdeiro deve alcançar o poder. A diferença é que Ratinho Júnior (PSD) não segue linhagem política, mas artística. Ele é filho do apresentador Ratinho, do SBT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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