Números de confirmações de outras doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti também cresceram; veja os números.
Os casos de chikungunya, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, cresceram mais de 1.000% no Tocantins em 2022. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), ao longo do ano foram 4.046 diagnósticos.
O governo disse que “com explosão de casos e uma população suscetível ao adoecimento, o Tocantins está em alerta para os casos de infecção”.
Além da chikungunya, também houve aumento de casos de dengue e zika, doenças que também são causadas após a picada do mosquito. Veja os números:
Chikungunya
- 2022 – 4.046 casos
- 2021 – 292 casos
Dengue
- 2022 – 21.130 casos
- 2021 – 4.814 casos
Zika
- 2022 – 173 casos
- 2021 – 80 casos
A gerente das Arboviroses da SES, Chirstiane Bueno disse que é necessário suspeitar, diagnosticar e investigar os casos das arboviroses.
“O diagnóstico oportuno interfere diretamente na evolução e na cura do paciente. Nos casos de dengue, 79% dos confirmados não necessitaram de internação, dentre as pessoas hospitalizadas 8 evoluíram ao óbito no Estado. Precisamos qualificar nossos serviços para evitar esse triste cenário”, disse.
Segundo ela não foram registradas mortes por chikungunya e que “89% dos pacientes também não necessitaram de internação, apenas 3%, por isso o diagnóstico oportuno é fundamental para o paciente evoluir para cura”, reforçou.
Os principais sintomas da chikungunya são: febre alta, manchas vermelhas na pele, dores articulares nos pés e mãos, tornozelos e pulsos.
A doença ainda pode trazer sequelas a longo prazo e comprometer atividades diárias.
Por causa da situação de alerta, a Secretaria de Saúde do Tocantins, em parceria com o Ministério da Saúde (MS), promove em Palmas, o Curso de Atualização, Diagnóstico e Manejo Clínico em Chikungunya.
A capacitação com transmissão online ocorre nesta quarta-feira (7) e quinta (8) para atualização dos profissionais de saúde dos 139 municípios do estado.
O evento também trouxe informações sobre a notificação e o trabalho de controle vetorial.
“A notificação é um dos pilares mais importantes no controle das doenças, todos os entes responsáveis irão se movimentar, com ações de bloqueio, vigilância, assistência, prevenção e controle a partir dela. As informações contidas na notificação são dados que irão subsidiar a tomada de decisão da gestão”, informou a enfermeira, Camila Ribeiro.
Os moradores devem ficar sempre atentos para a prevenção da doença. Veja cuidados para evitar o ciclo de reprodução do mosquito:
- Tampar reservatórios de agua;
- Evitar o acúmulo de pneus e garrafas no quintal;
- Remover galhas e folhas das calhas;
- Evitar jogar lixo em terrenos baldios;
- Manter ralos e calhas limpos e evitar entupimentos.
g1 Tocantins