Investigado na operação Maet, ele está afastado do cargo desde 2011.
O desembargador afastado do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), Amado Cilton Rosa, sentará no banco do réus no dia 30 de abril de 2021, às 10h, para ser interrogado pelo ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Amado Cilton é suspeito de venda de decisões e foi denunciado na Ação Penal nº 690, pelo Ministério Público Federal (MPF), pelos crimes de corrupção passiva qualificada, concussão e peculato. Ele continua tendo foro privilegiado no STJ por permanecer na condição de desembargador do Tocantins, e segue recebendo salário (cerca de R$ 35 mil) e auxílio-alimentação (R$ 1,7 mil) desde o seu afastamento, em 2011.
Há outros 14 réus na mesma ação, sem foro privilegiado. Os supostos crimes foram investigados na operação Maet da Polícia Federal, deflagrada em 2010.
Na época, outros desembargadores foram afastados e denunciados pelo MPF. São eles:
– José Liberato Costa Póvoa (por corrupção passiva qualificada, associação criminosa e peculato) – falecido em dezembro de 2019.
– Carlos Luiz de Souza (denunciado por corrupção passiva qualificada, associação criminosa e concussão).
– Willamara Leila de Almeida (por concussão, associação criminosa e corrupção passiva qualificada).
Carlos Souza e Willamara foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por infrações disciplinares análogas aos crimes descritos nessa ação penal.
O ministro também determinou a expedição de carta de ordem para a realização dos interrogatórios de todos os demais denunciados, por meio de videoconferência e em tempo real, permitindo a interação entre o magistrado. Neste caso, a audiência será presidida pelo juiz federal João Paulo Massami Lameo, da 4ª Vara da Seção Judiciária de Tocantins.
AF Notícias.