Máquina que ficava em Araguaína está quebrada há quase três anos.
Secretaria de Saúde diz que tratamento deve ser retomado em julho.
Pacientes com câncer de Araguaína, norte do Tocantins, ainda precisam ir a Imperatriz (MA) para fazer as sessões de radioterapia. O transtorno acontece desde 2014 quando a máquina quebrou. Uma nova foi comprada, mas nunca funcionou.
Quem depende do Sistema Único de Saúde sofre. Uma das pacientes é a técnica de enfermagem Flávia Rodrigues. Ela descobriu um câncer de mama em junho do ano passado. Precisou retirar uma parte de um seio no Hospital Regional de Araguaína, onde também passou por quimioterapia. Já a radioterapia, terá que ser feita em Imperatriz, a 250 km da cidade.
“Quando a gente está debilitado, você quer seu refúgio, você quer sua casa, você quer o colo de mãe, do marido, dos filhos. Então, no meu caso são 60 dias num mundo novo, num mundo estranho”, lamenta.
A Secretaria Estadual de Saúde diz que falta construir uma sala apropriada para radioterapia, no hospital regional. Enquanto isso, 22 pacientes que precisam do serviço são atendidos numa clínica particular em Palmas. E 49 precisam ir para fora do estado.
O aposentado Sebastião Marques reclama do sufoco de viajar mais de três horas para passar pela radioterapia. “Cansativo, né? Para quem está meio adoentado. Se tivesse lá era bem melhor”.
O Estado informou que iniciou as obras de construção da sala específica para instalação da máquina de radioterapia em Araguaína e que a previsão de entrega da obra é para o mês de maio. Mas a volta dos exames deve acontecer só no mês de julho.(Fonte:G1/To)