Eduardo Augusto Rodrigues Pereira está foragido há quase quatro meses. Ele é suspeito de mandar matar um concorrente e de formação de cartel na capital.
A defesa do empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, conhecido como Duda Pereira, pediu à Justiça que ele tenha direito a uma cela especial no Quartel de Comando Geral da Polícia Militar, em Palmas. O pedido se baseia em uma ameaça de morte que o empresário alega ter recebido. Ele é investigado por formação de cartel em Palmas e teve a prisão decretada por ser o suposto mandante da morte de um concorrente em Porto Nacional.
O empresário, que tem uma rede de postos de combustíveis na capital, está foragido há quase quatro meses, desde que teve a prisão decretada. O nome dele chegou a ser mandado para a lista da Interpol depois que o Ministério Público Estadual informou à Justiça que há indícios de que ele esteja nos Estados Unidos.
No documento, a defesa lembra que um dos suspeitos de ser o executor do crime foi assassinado dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas e o crime ainda não foi solucionado. O advogado de Duda Pereira afirma que os presídios do Tocantins não oferecem a segurança necessária para que o cliente se entregue.
O Ministério Público Estadual se manifestou contra o pedido. O advogado de Duda Pereira não atendeu as ligações do G1 para comentar o caso. A questão não tem prazo para ser analisada.
O crime
Wenceslau Leobas, morreu aos 77 anos, no dia 14 de fevereiro após ficar 17 dias internado. Ele foi baleado em Porto Nacional no dia 28 de janeiro, no momento em que saía de casa para trabalhar. No mesmo dia da tentativa de homicídio, dois suspeitos foram presos. A polícia disse que um deles chegou a confessar a participação no crime.
Os dois acusados de executar o crime Alan Sales Borges e José Marcos de Lima iriam a júri popular, mas José Marcos foi encontrado morto dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) na manhã do dia 3 de março deste ano.
No mês de junho do ano passado, o juiz aceitou a denúncia contra Duda. Ele é acusado de ser o mandante do crime. Segundo o promotor Abel, o processo contra o Duda corre separadamente. A audiência de julgamento dele já estava marcada para o mês de maio. Na época, Duda disse que estava sendo acusado injustamente.
Cartel
Eduardo Pereira também é investigado a respeito de um suposto cartel nos postos de combustíveis em Palmas. Duda é apontado como comandante do cartel. Em uma conversa telefônica gravada pela Polícia Civil, com autorização da Justiça, ele fala com Neizimar Cabral (a quem chama de Leidimar), chefe de fiscalização do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) no Tocantins, e chega a ameaçar um dos fiscais. Durante a conversa, Cabral promete que irá mudar o fiscal.
G1/TO