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Damares defende vida desde concepção em discurso na ONU

Ministra falou sobre povos indígenas, prevenção da mortalidade materna, neonatal e infantil, ampliação do Bolsa Família, Brumadinho e crise na Venezuela.

Aministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, discursou na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, na manhã desta segunda-feira (25).

Na sua fala de 10 minutos, Damares frisou que se comprometerá com “os mais altos padrões de direitos humanos” e com a “defesa da democracia”. Embora não tenha utilizado a palavra “aborto”, a ministra afirmou que defenderá o direito “à vida desde a concepção”.

“Defenderemos tenazmente o pleno exercício por todos do direito à vida desde a concepção e à segurança da pessoa, em linha com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, bem como, no âmbito regional, com o Pacto de São Jose da Costa Rica.”

Ao mencionar povos indígenas, segundo “O Globo”, a ministra comentou um assunto polêmico revelado recentemente pela revista “Época”: a adoção da sua filha índia. “Esta Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, há mais de duas décadas, milita em defesa das mulheres e crianças indígenas e é também mãe socioafetiva de uma jovem indígena da etnia kamayurá”, disse.

A ministro falou sobre os esforços da sua pasta “para prevenir a mortalidade materna, neonatal e infantil”, sobre “revigorar o Bolsa Família, por meio de desembolso do 13º benefício, ao mesmo tempo em que realizaremos auditoria para coibir irregularidades e excessos”.

Ela ainda citou o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), e avaliou que “a ação ou omissão de empresas pode ter consequências concretas sobre os direitos humanos”.

Sobre a Venezuela, Damares pediu união dos países vizinhos ao Brasil e que todos reconheçam Juan Guaidó como presidente interino.

Não poderia deixar de expressar a preocupação do governo brasileiro com as persistentes e sérias violações de direitos humanos cometidas pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro.

O Brasil uniu-se aos esforços do presidente encarregado Juan Guaidó, não para intervir, mas para prover imediata ajuda humanitária ao povo venezuelano. O Brasil apela à comunidade internacional a somar-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo o fim da violência das forças do regime contra sua própria população.”

Ao final, Damares se despediu usando língua indígena e de sinais. “Como se diz na língua indígena tupi, Kuekatu reté [Obrigada]. E na língua de sinais…”, concluiu com os gestos que significam “obrigada” em Libras.

Outros compromissos

Após o discurso, Damares se reúne com jornalistas brasileiros e estrangeiros para entrevista coletiva. A programação também inclui reuniões com organizações da sociedade civil e com representantes de diversos setores na segunda e na terça-feira.

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