Em sua primeira entrevista coletiva após o primeiro turno, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, reduziu as menções ao ex-presidente Lula, e fez um aceno aos candidatos derrotados nas urnas nesta segunda (8).
Ele passou cerca de duas horas reunido com Lula, mas não quis detalhar a conversa, nem dizer qual a análise que o ex-presidente fez do resultado eleitoral.
O petista também não quis responder se voltará a visitar Lula em Curitiba, e só mencionou o ex-presidente uma vez, ao longo de 18 minutos de entrevista, ao dizer que mantém uma “longa amizade” com Ciro Gomes (PDT), “desde o primeiro governo Lula”.
Setores do PT defendem que o ex-prefeito de São Paulo reduza as menções a Lula e passe a conduzir a candidatura, que ele assumiu em meados de setembro.
Para Haddad, sua ida ao segundo turno, com 29% dos votos, foi “um feito”.
Ele disse que pretende defender um projeto de “desenvolvimento com inclusão social”, e destacou a “defesa do estado de bem-estar social” como uma das principais diferenças entre a sua candidatura e a de Jair Bolsonaro (PSL).
“O neoliberalismo que ele [Bolsonaro] propõe vai agravar a crise; já não deu certo na Argentina e não vai fortalecer o poder de compra do trabalhador”, disse.
Ele ainda criticou a flexibilização do porte de armas, como propõe Bolsonaro, e disse que a proposta provocaria “mais mortes e mais lucro para quem produz armas, mas não vai resultar em segurança”.
Por fim, voltou a acenar a candidatos derrotados no primeiro turno, e citou nominalmente Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), prometendo “conversar com as forças democráticas do país”.
“É assim que se faz democracia; no diálogo, buscando convergências e consensos”, declarou. Com informações da Folhapress.
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