Observatório da violência no País, o Mapa da Violência, um estudo divulgado anualmente pelo governo federal, desmonta o discurso do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) para a disparada da violência no Estado nos anos em que o tucano mantém-se à frente do Palácio das Esmeraldas. Entre os anos de 2000 e 2014, Goiás saltou de 13º para o 7º lugar entre os Estados mais violentos.
Em 2000, quando Marconi estava apenas no seu segundo ano como governador, Goiás tinha um porcentual de 15,6 mortes para um grupo de 100 mil habitantes, já em crescimento acima da curva normal dos anos anteriores. O índice considerável tolerável pela Organização das Nações Unidas (ONU) é abaixo de 10 mortes por 100 mil habitantes.
Em 2014, ano em que Marconi foi reeleito para seu quarto mandato de governador, Goiás já tinha um porcentual de 31,2 mortes por 100 mil habitantes. Ou seja, em 14 anos o número de mortes em Goiás dobrou. Desde então, o governador de Goiás passou a usar o discurso de que o problema do crescimento da violência está na legislação brasileira, considerada por ele muito branda.
Porém, uma rápida comparação com a situação de outras unidades da federação desmascara o discurso do governador de Goiás. Todos os Estados do Centro-Oeste conseguiram diminuir os índices de criminalidade e melhorar de posição no ranking elaborado pelo Mapa da Violência. Mato Grosso do Sul, por exemplo, tinha uma média de 23,9 mortes por 100 mil habitantes em 2000 (ocupava o 7º lugar) e agora está na 23º posição entre os 27 Estados, com média de 13,6 mortes/100 mil habitantes.
Em seus discursos fantasiosos, Marconi Perillo esquece de mencionar que nesse período em que governa Goiás ele negligenciou os concursos públicos para substituição e aumento do efetivo policial Civil e Militar e os investimentos na qualificação desse efetivo e na infraestrutura e tecnologia das delegacias.(fonte:goiás real)