Nesta segunda-feira (15), o Brasil registrou 528 novas mortes por Covid-19.
Desde março do ano passado, 239.773 brasileiros morreram por causa do coronavírus. O processo de luto e a despedida também foram modificados em meio à pandemia da Covid-19.
Como protocolo do Ministério da Saúde, “os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos não são recomendados”. Além disso, a urna funerária deve ficar fechada durante toda a cerimônia.
“Os enlutados falam muito sobre a rapidez com que a pessoa morre. “Ela (ele), entrou bem no hospital e depois eu nunca mais a vi” ou “a sensação que eu tenho é que meu parente foi arrancado”. Isso produz um luto que acaba se tornando mais difícil, a sensação de que tudo vai voltar ao normal.”
Existe uma sensação de que há coisas que poderiam ter sido feitas para que a gente evitasse tantas mortes e não foi feito. Houve uma omissão geral da sociedade como um todo, não só dos governos.
As pessoas que sentem essa omissão se sentem revoltadas, elas dizem “vejo em volta e as pessoas não se cuidam, será que as mortes não valeram de nada?”.
O apoio de familiares e amigos durante a pandemia da Covid-19 também foi modificado. Antes, abraços expressavam muito mais que palavras, mas agora o distanciamento é um sinal de amor, por isso, telefonemas e mensagens são alternativas que restaram. O distanciamento social não deve corresponder a distanciamento emocional.
Da redação/paranaportal