Mara Daniella foi orientada pelo professor Ramon Diego Viana Souza no concurso de redação.
Mara Daniella Rocha Cardoso é uma estudante, do colégio estadual professora Oneides Rosa de Moura localizado em Palmeirópolis, sul do Tocantins.
Filha de Solomita Pereira Rocha Cardoso e Luiz Alberto Portilho Cardoso e tem dois irmãos.
Nasceu na cidade de Palmeirópolis e ganhou o concurso de redação Jovem Senador 2022, promovido pelo Senado Federal.
A jovem cidadã participou de uma jornada legislativa neste ano de 2022, que descreveu ao jornal como foi emocionante, “eu me sinto honrada por ter este privilégio de poder representar o meu estado nessa etapa importante da minha vida, disse emocionada”.
Mara Daniella relatou, que o processo de criação e seleção passou por várias etapas. Primeiro, houve processo interno na unidade de ensino. Posteriormente, ela concorreu com outras redações da regional de Gurupi.
Após a etapa local e estadual, Mara concorreu com outras três autoras e autores. Por fim, foi escolhida para representar o estado do Tocantins na etapa nacional.
A estudante de 16 anos que cursa a 2ª série do Ensino Médio, disse que seu maior sonho é ter bom desempenho no vestibular.
A adolescente revelou determinada ao Mapa Da Notícia, que sua maior inspiração para escrever, vem dela mesma.
Ela concedeu uma entrevista ping pong sobre o momento de sua vida e suas batalhas enquanto cidadã brasileira.
Segue abaixo a interação
MN: Em sua redação, a argumentação principal é de que a independência do Brasil não mudou a realidade dos povos oprimidos. Você poderia nos relatar? Como isso nos afeta até hoje?
Mara: “O Brasil foi declarado uma nação independente no dia 7 de setembro de 1822, o que favoreceu bastante a elite branca brasileira, mas quem ficou livre? O que mudou para os povos oprimidos daquela época? O que mudou para os povos escravizados? A resposta é: nada, afinal, a escravidão continuou e os vínculos de poder também, ou seja, foram esquecidos nessa ideia de ‘independência’. A liberdade e igualdade racial que se buscava no passado, também é buscada atualmente, então, devemos continuar essa luta”.
MN: Você citou que o Brasil precisa avançar no que diz respeito ao racismo estrutural. Quais as formas de diminuir e combater o racismo que nos cerca diariamente?
Mara: “Uma boa forma de diminuir o racismo estrutural é promovendo projetos que tenha o objetivo de reduzir preconceitos e estereótipos de raça e garantindo representatividade de raças e etnias nos espaços coletivos de decisão”.
MN: Como foi a sua reação ao receber a notícia de que você se tornou nossa grande Jovem Senadora? O que isso significa para você? Qual foi a reação dos seus pais, professores e outras pessoas próximas?
Mara: “Ficamos todos felizes e surpresos, isso significou muito para mim e para toda família, porque foi uma conquista incrível e um grande avanço na minha vida estudantil”.
MN: O que diria sobre ser uma, entre poucas representantes mulheres neste cargo?
Mara: “Diria que essa é uma problemática que tem que ser resolvida e que devemos lutar por mais participação política das mulheres”.
MN: Você pretende seguir o ramo político no futuro? Podemos esperar Mara Daniella buscando melhorias para nossa cidade?
Mara: “Por enquanto não pretendo, mas quem sabe futuramente eu possa mudar meu pensamento, (risos).
MN: O que você diria para incentivar outras jovens que tem pretensão em prosseguir na política?
Mara: “Diria para continuar lutando por este objetivo. Comece desde cedo, envolva-se em projetos que abranjam a comunidade, busque meios para solucionar os problemas do lugar onde vive. A política não se resume apenas no ato de governar uma cidade, estado ou país, ela está em todo o lugar”.
Assim terminou a entrevista com a jovem senadora, que representa todo estado do Tocantins.
Autora: Aurora Amorim
Revisora: Lavínia de Sousa Mendes