Duas pessoas morreram vítimas da doença e outros 11 casos estão sendo investigados. Vírus que circula no estado é um dos mais agressivos, segundo a Secretaria de Saúde.
Nos três primeiros meses deste ano foram registrados mais de 11 mil casos de dengue no Tocantins. O número é maior do que o registrado em todo o ano passado, quando menos de três mil pessoas tiveram a doença. Proporcionalmente, o estado tem o maior índice do Brasil.
Outro dado preocupante é que em todo o ano passado uma morte por dengue foi registrada. Enquanto em 2019, apenas entre janeiro e março, duas pessoas morreram vítimas da doença e outros 11 casos estão sendo investigados.
Das três pessoas que moram na casa do servidor público Divino Rodrigues, duas tiveram a doença: ele e a filha de dez meses. “A gente tem muita preocupação. Nós que somos adultos sofremos com a dengue imagine uma bebê de 10 meses. Ela sofreu uns 15 dias ou mais, emagreceu quase dois quilos”, lembrou.
A chuva fez com que os casos se espalhassem por todo estado. Segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde, 25 cidades concentram quase 80% dos registros da doença.
“No Tocantins nós detectamos nos últimos anos os quatro sorotipos da doença. Nesse ano está prevalecendo o sorotipo 2, que é o mais violento e agressivo. Quando acomete as pessoas tem a maior chance de levar as pessoas a terem um quadro mais grave”, explicou o gerente de vigilância de arboviroses, Evesson Farias.
A situação é muito grave que e o governo está se mobilizando. “Recentemente nós recebemos a visita do Ministério da Saúde, onde promovemos uma maior integração entre a vigilância e a atenção à saúde para que a gente consiga atuar sobre os focos do vetor lá nos municípios”, disse o gerente.