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Ciro chama Bolsonaro de ‘Hitlerzinho tropical’ e diz que quem vota no candidato do PSL quer que Brasil ‘morra’

Presidenciável do PDT afirmou ainda que eleitor do candidato do PSL é ‘inimigo da pátria’. Ele participou de debate sobre ensino universitário em associação de reitores federais em Brasília.

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, chamou nesta quarta-feira (29) o adversário Jair Bolsonaro (PSL) de “Hitlerzinho tropical” e afirmou que quem vota no deputado federal “está querendo que o Brasil morra”.

O pedetista deu as declarações em Brasília, onde discursou na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e também condedeu entrevista a jornalistas.

À imprensa, Ciro Gomes disse que a preocupação de Bolsonaro com o tipo de conteúdo ensinado em sala de aula é “ignorância estapafúrdia”.

“Ele não é ignorante. Esse cara passou na academia militar das Agulhas Negras. Ele é um mistificador perigoso, é um fascista, é um projetinho de Hitlerzinho tropical e muito mal preparado, porque o Hitler pelo menos era um intelectual razoável”, afirmou Ciro.

No discurso na associação de reitores, o candidato do PDT também criticou os eleitores de Bolsonaro.

“O cara que vota no Bolsonaro está querendo que o Brasil morra. Está querendo que a minha nação seja destruída, não quero saber disso. Para mim, isso é inimigo da pátria”, disse.

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Cotas – Ciro Gomes afirmou ainda que a adoção de cotas nas universidades federais é uma “necessidade histórica” e defendeu a educação como área prioritária para receber verbas federais.

“Se tudo mais não for possível, é na educação que temos que investir”, afirmou.

Gasto com ensino superior – Ele declarou que atualmente, o gasto com ensino superior no Brasil “é muito baixo”. Disse que o ensino básico recebe proporcionalmente do Produto Interno Bruto (PIB) nacional uma fatia maior que o ensino superior – em referência à destinação de verbas para a área de municípios e Estados, não apenas da União.

Teto de gastos – Em um discurso de cerca de 40 minutos, ele defendeu a taxação de lucros e dividendos, um “pente-fino” em renúncias fiscais concedidas pelo governo, apontou distorções no pagamento de aposentadorias e criticou o teto de gastos públicos.

“Institutos e universidades não vão ter só constrangimento no investimento. Por 20 anos haverá constrangimento em custeio. Vamos voltar a ter banheiros das universidades sem manutenção, não vamos repor os carros da polícia. Uma sandice completa”, afirmou para uma plateia de reitores.

Para ele, as federais passam por um “constrangimento criminoso” diante da limitação de gastos imposta pela emenda constitucional do teto de gastos.

Ensino superior gratuito – O candidato defendeu ainda a gratuidade do ensino superior público.

“Esse é um compromisso porque sou egresso da escola pública. E digo aos senhores: a única coisa que minha família de classe média teve de volta pelos impostos que paga foi meu ensino [ele cursou a Universidade Federal do Ceará]”, afirmou.

“Porque a classe média paga plano de saúde, paga educação privada da creche para cima, está cada vez mais onerada com a segurança em condomínios”, emendou.

G1 Tocantins.

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