Comandante da PM reconheceu o baixo efetivo e afirmou que, com os policiais que ingressarão após o concurso, 139 municípios serão atendidos; MPE recomendou a oferta de 5.340 vagas para suprir déficit.
De acordo com o comandante da Polícia Militar do Tocantins, coronel Edvan de Jesus, o efetivo da instituição possui atualmente cerca de 3.600 militares e a previsão é de que cerca de 500 policiais deverão se aposentar entre 2018 e 2019, após os 1040 aprovados no concurso público da instituição serem convocados.
Os novos soldados e oficiais deverão substituir os policiais que vão para a reserva e ainda aumentarão o efetivo na cobertura aos municípios.
Em declarações à imprensa nesta terça-feira, 9, o comandante da corporação confirmou que os novos policiais deverão substituir os que estão saindo. “Muitos policiais estão indo para a reserva porque grande parte do nosso efetivo ainda é oriundo do estado de Goiás, então esses 1040 policiais farão frente aos que se aposentaram. Há um planejamento de implementação de mais policiais no futuro, mas esses 1000 soldados e 40 oficiais que ingressarão, certamente irão ajudar muito nos municípios. Com esse efetivo teremos uma condição muito maior de cobrir os municípios”, argumentou o coronel Edvan.
Déficit
Levantamento realizado pelo Ministério Público Estadual do Tocantins em setembro de 2017 apontou que a PM do Tocantins tem menos da metade do efetivo necessário.
De acordo com o promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, existe uma lei estadual que determina que o ideal seria de 9 mil policiais. Em contrapartida, no estado há 3.660 militares, o que representa apenas 40% do ideal, totalizando um déficit é de 5,4 mil PMs.
Reconhecendo o efetivo reduzido de militares no Estado, coronel Edvan afirmou que a situação tem exigido esforço dos policiais e que os novos PMs serão distribuído nos 139 municípios para ajudar a combater a criminalidade.
“A segurança pública é um assunto discutido em todo país e todo investimento em segurança resulta em benefício para a sociedade. No país inteiro se fala em dificuldades e em crise, mas ainda assim toda a equipe do governo e o governador do Tocantins estão empenhados na solução deste que é hoje um problema para a Polícia Militar, que é o efetivo reduzido. Vivemos essa situação que tem exigido muito esforço por parte de todos os policiais para que a gente possa cumprir a nossa missão. E certamente os policiais que estarão ingressando ajudarão no cumprimento desta missão, que é a preservação da ordem pública. A Polícia Militar é constituída de batalhões e companhias, então todos serão atendidos. Os 139 municípios serão atendidos”, argumentou o comandante
T1noticias