A maioria aconteceu em Palmas, onde foram registrados 24 casos. A última vítima ficou ferida no sábado (22), nas águas da praia do Prata.
Desde o início do ano, cerca de 130 pessoas foram ferroadas por arraias nas praias do Tocantins. A maioria em Palmas, onde foram registrados 24 casos. No último sábado (22), houve mais um registro na praia do Prata.
O biólogo Aguinaldo Sanches explica que as arraias são consideradas dóceis, não são agressivas e não atacam. O que o ocorre é uma ação involuntária. Quando alguém pisa no dorso, a cauda levanta e provoca o ferrão.
“O ferrão se encontra mais ou menos na metade da calda. É uma estrutura calcificada, totalmente composta por espinhos. É coberto por um tecido glandular, onde são produzidas as toxinas. Quando perfura a pele de uma pessoa é injetado o veneno produzido, que age no tecido causando bastante sangramento e uma dor aguda”, explica.
Ele diz que os casos de ferroadas são mais comuns na temporada de praias porque as pessoas deixam cair restos de comida na água, fator que atrai os peixes e consequentemente as arraias.
Manter o local de banho limpo é uma das principais medidas que não depende só do poder público, mas de quem frequenta a área de banho também. Algumas dicas podem ajudar a detectar a presença dos animais.
“Não andar pisando e sim arrastando os pés de moda a afugentar as possíveis arraias que estejam ali ou utilizar um galho, madeira, alguma coisa para ir tocando o local onde você pretende estar.”
Para quem for atingido por arraia, especialistas orientam o seguinte: lavar o local do ferimento com água limpa, sem medicamento no primeiro momento; depois colocar o local machucado imerso em água aquecida em 45 graus porque essa temperatura vai amenizar a ação do veneno.
Além de buscar um médico urgente. Ainda não existe remédio que neutralize o veneno, mas a dor pode ser tratada com antinflatórios e antibióticos.
Vistoria
Em nota, a Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) informou que está prevista para esta semana a segunda etapa da ação de vistoria e limpeza das praias de Palmas. Disse que a manutenção é realizada constantemente e solicita que os banhistas não utilizem a estrutura para pulos e mergulhos e que fiquem restritos à área protegida.
G1/TO