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Carteiros e agências são as vítimas da vez

Em busca das encomendas, bandidos assaltam e até sequestram funcionários; só este ano foram 13 ocorrências

Cada vez mais funcionários das agências dos Correios e Telégrafos do Tocantins e as próprias unidades estão sendo alvos de bandidos, que estão de olho nas encomendas transportadas. E foi o que aconteceu no último sábado com um entregador de encomendas. Ele foi abordado por dois homens em um carro, na Avenida NS-08, entre as quadras 108 e 110 Norte, em Palmas, enquanto fazia entregas. Após ser perseguido, conseguiu despistar os bandidos.

Já o gerente da unidade de Talismã, a 355 km de Palmas, Jarbas Sá Sales, de 38 anos, não teve a mesma sorte. Dois bandidos armados entraram na agência na tarde da última quinta-feira, anunciando o assalto, e teriam permanecido no local até a abertura do cofre, ameaçando o funcionário. “Eles entraram, pediram para desligar as câmeras e fomos para a tesouraria, e me deixaram preso lá. No momento eu fiquei assustado”, contou o funcionário sobre o perigo que passou. Ainda de acordo com Sales, é a segunda vez que passa pela situação na unidade, que também foi assaltada em agosto e outubro do ano passado.

Paralisação

E para causar mais insegurança aos funcionários da empresa, desde ontem, quatro agências dos Correios ficaram sem vigilantes armados. De acordo com a empresa, o corte aconteceu por causa da atual crise econômica no País. O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Estado do Tocantins (Sintect) informou que funcionários das agências de Goiatins, Piraquê, Itaporã e Muricilândia, afetadas pelo corte, paralisaram as atividades em protesto.

Para José Aparecido Rufino, secretário-geral do Sintect, a empresa informou que a baixa também foi por causa da queda no índice de crimes. “Na planilha de risco da empresa reduziu os assaltos, então vai retirar os vigilantes. Não tem sentido! Tem assaltos, vítimas e colocam segurança. Quando diminui, eles retiram”, disse, reclamando que o risco continua.

Cobrança

O Sintect cobra segurança não só da empresa, mas também do Poder Público. “Da empresa nós cobramos mais segurança, duas pessoas por veículos para ter condições de observar, e que coloque um sistema de rastreamento e de câmeras nos veículos, para tentar inibir um pouco. E o Estado tem a obrigação de fazer isso, pois pagamos impostos”, ressaltou Rufino, ressaltando que atualmente os carteiros trabalham sozinhos durante as entregas.

Em relação às agências, o sindicato está cobrando portas com detectores de metal e segurança armada em todas as unidades.

Ainda segundo Rufino, o sindicato chegou a fazer uma denúncia no Ministério Público Estadual (MPE), em Palmas, que resultou em uma Ação Civil Pública, pedindo melhorias nas estruturas das agências, que foi recorrida pelos Correios. “Ficamos preocupados porque, além deles não colocarem o que o MPE identificou como necessário, eles querem tirar o que já tem. A saída é pela Justiça”, disse.

Procurado para comentar o assunto, o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Tocantins (Sintvisto), Antônio Gonçalves, informou que ainda não foi notificado pelos Correios sobre a retirada dos vigilantes, mas a decisão pode gerar mais insegurança. “Com vigilantes continua elevado o número de assaltos nas agências, que possuem atendimento bancário. Os órgãos que fiscalizam não devem aceitar a situação”, disse Gonçalves, afirmando que após notificação irá entrar em contato como o Sintect para ver como ficará a reposição dos vigilantes.(fonte:jornal do tocantins)

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