Esmeraldinos jogaram pedras contra veículo que levava adversários.
Passageira e policial militar foram atingidas, em Aparecida de Goiânia.
Torcedores do Goiás entraram em confronto com integrantes da torcida do Vila Nova na tarde deste domingo (27) no Terminal Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Uma mulher de 35 anos e uma policial militar, de 32, ficaram feridas e foram encaminhadas a unidades de saúde.
A confusão aconteceu por volta das 14h, depois do jogo do Goiás, que entrou em campo pela manhã, e antes do clássico entre Vila Nova e Atlético-GO, pelo Campeonato Goiano. O sargento da PM Euclides Inácio furtado contou que cerca de 100 esmeraldinos foram ao local e aguardaram a chegada de um ônibus com torcedores colorados.
“Assim que o veículo entrou no terminal os torcedores do Goiás já começaram a atacar com pedras e paus. Também houve o disparo de um rojão. O motorista levou o ônibus para perto da nossa viatura e os torcedores começaram a sair pela janela de emergência. Eu e a cabo Ana Paula entramos no meio das torcidas para tentar acalmá-las”, relatou ao G1 o sargento.
De acordo com o policial, os torcedores do Vila Nova revidaram. Havia cerca de 60 integrantes da torcida colorada. A situação demorou entre 5 e 10 minutos, até a chegada de reforço policial.
Medo
Passageira do ônibus, uma mulher de 35 anos foi atingida na cabeça. Ela estava com o marido, um cozinheiro de 43 anos e o filho, de 4, quando se machucou.
Segundo o marido da passageira, que prefere não ser identificado, a mulher foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), onde é avaliada. “Foi uma pedrada na cabeça, saiu muito sangue. Ela está sentindo dor na cabeça”, disse o cozinheiro.
De acordo com o marido, a família seguia para o shopping quando foi surpreendida pela confusão. Ele relatou que viveu um momento de pânico: “Foi assustador, ficamos com medo daquela bagunça”.
A cabo da PM Ana Paula Costa e Silva, de 32 anos, também foi atingida no rosto. Ela não conseguiu identificar o que a machucou. “Pareceu uma guerra. Se a viatura não estivesse lá poderia ter saído morte”, disse.
A policial foi encaminhada ao Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Nova Era. Após ser avaliada pela equipe médica, ela foi liberada e voltou ao trabalho.
Em nota, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável pela fiscalização do transporte na Grande Goiânia, lamentou o ocorrido e informou que o caso está sendo apurado pela Polícia Civil. O órgão destacou que o terminal conta com seguranças de empresa terceirizada e atendimento das equipes da Polícia Militar e Guarda Municipal de Goiânia.
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