A Secretaria Estadual da Saúde disse que a direção do hospital vai apurar o caso. Pais alegam que situação da criança piorou após ela tomar um medicamento na veia.
A Secretaria Estadual da Saúde lamentou a morte. Disse ainda que a direção do hospital vai instalar uma sindicância para apurar o caso.
A mãe Fabiana Ferreira conta que o bebê de um ano e seis meses se queimou em casa com um ferro de passar roupas. A queimadura de segundo grau afetou em parte o braço direito. Segundo ela, a criança não parava de chorar, e por isso procurou o hospital. Júlio deu entrada na unidade às 20h da última sexta-feira (11), e morreu menos de 24 depois. A mãe disse que ele piorou após tomar um medicamento na veia.
“Injetaram no soro e colocaram na veia dele. Eu saí do quarto e chamei meu marido. Quando ele entrou, ele estava em pé na maca e chamou: ‘Papai’. Ele chegou perto, o nenem encostou a cabeça no ombro dele e desmaiou, deu uma parada cardíaca”.
O pai do menino, Júlio Barbosa, disse que não suspeitava que a criança fosse alérgica a alguma medicação e que, apesar dos médicos terem perguntado sobre alguma restrição, nenhum teste foi feito.
“A gente veio para tratar só da queimadura. Meu filho chegou aqui nos meus braços, só chorando. Chegou bom, normal e eu achei que iria só passar uma pomada ou um remedinho e a gente iria voltar para casa no mesmo dia. Meu filho nunca tinha sido internado, eu não sabia que ele tinha alergia a algum medicamento”.
Os pais alegam que o hospital não teria dado a assistência devida a criança, já que a maternidade não conta com uma UTI neonatal. “Meu filho estava precisando ir para uma UTI e ninguém resolvia nada. Uma cidade dessa, desse tamanho, não tem uma UTI para criança?”, questionou a mãe.