Em Araguatins já foram confirmados 11 casos, segundo Estado.
Doença é transmitida pelo mosquito-prego.
O serviço de saúde de Araguaína, norte do Tocantins, está em alerta por causa do surto de malária na região norte. Em Araguatins já foram confirmados 11 casos da doença, segundo o Governo do Tocantins.
Ouvir falar de malária é reviver momentos nada agradáveis, o auxiliar de serviços gerais, Milton Rodrigues, pegou a doença em 1996, em Redenção no Pará. O diagnóstico precoce ajudou na cura. “O pessoal da fazenda já sabia porque várias pessoas já tinham pegado. Então um senhor falou que era malária e disse para me levar para o posto de saúde. Daí corri e comecei a tomar a medicação e ajudou.
Ele conta que depois ainda pegou malária outras duas vezes e que os sintomas foram ainda piores. “Muito frio, dor no corpo e vômito.”
A malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito anófilis, popularmente conhecido como mosquito-prego.
“É um mosquito bem maior que o Aeds e que o mosquito palha. Quando pousa na parede ou mesmo na pele, fica na posição de um prego, por isso esse nome”, explica a responsável técnica do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), Kétren Carvalho.
De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, há mais de dez anos não há registro de casos de malária em Araguaína. O que não diminui a preocupação com a prevenção.
“Tem que procurar imediatamente o serviço de saúde para o diagnóstico e o tratamento precoce. A partir do momento que a pessoa adquiriu a malária ela tem que tratar mesmo”, diz a técnica.
Sintomas
As pessoas que contraem a malária sentem dores de cabeça, febre alta, dores nos músculos e calafrios. Segundo a Sesau, todos os casos suspeitos devem passar por exames de diagnóstico rápido disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde, que são o teste rápido ou o teste da gota espessa.O teste rápido pode ser realizado em qualquer unidade de saúde e o resultado sai em 15 minutos. Já o teste da gota espessa deve ser prescrito e o resultado sai em até 24 horas. Ambos os testes usam apenas poucas gotas de sangue retiradas do dedo do doente.
Tratamento
O governo informou que o tratamento é oferecido na rede pública de saúde, administrado de acordo com o quadro de cada paciente. A orientação é que as pessoas que apresentarem os sintomas, procurem uma unidade.
Precauções
Um dos cuidados é evitar locais que são habitats naturais do mosquito Anopheles darlingi, considerado vetor principal da doença, conhecido como mosquito-prego. Ele gosta de alimentar no anoitecer e no amanhecer, segundo o gerente do laboratório de entomologia, Rogério Rios. “Se a pessoa vai pescar ou acampar em áreas ribeirinhas ou em praias de rio, é importante usar repelentes entre 18 e 22 horas e entre 3 e 6 horas da manhã”, recomendou.(fonte:g1/to)