Lídia Brito, 19, cuidava de um carrinho de bate-bate em um shopping de Goiânia.
Mensagens de pesar foram publicadas no último post da vítima; polícia apura
Amigos da operadora de máquinas Lídia Alves dos Santos Brito, de 19 anos, que morreu enquanto trabalhava em um parque de diversões dentro de um shopping, em Goiânia, lamentaram o caso nas redes sociais. As mensagens foram postadas na última publicação de Lídia, que cita o trecho de uma música sobre saudade. Segundo o Corpo de Bombeiros, a suspeita é que ela tenha morrido após uma descarga elétrica em um carrinho de “bate-bate”.
A mãe de uma colega de sala de aula da vítima afirmou estar surpresa com a morte. “Meu deus que triste, ela estudava com minha filha. Que Deus console os familiares e os amigos, pois era muito querida por todos”, escreveu na postagem.
A jovem morreu na noite do último sábado (23) no parque de diversões de um shopping de Goiânia. A perícia do Instituto Médico Legal (IML) apura se Lídia foi morta por uma descarga elétrica. O laudo, apesar de informar que a morte ainda está “a esclarecer”, aponta que a circunstância da morte foi uma “suposta eletroplessão”, que é a morte que acontece por descarga elétrica.
Na última postagem feita por Lídia, ela escreveu o trecho de uma música que fala sobre saudade e foi comentada por dezenas de amigos. “Na farmácia não vende remédio pra saudade”, escreveu a jovem quatro dias antes de morrer.
Algumas pessoas não há conheciam, mas também demonstraram solidariedade na página da vítima. Uma mulher afirma que estava no shopping no momento em que o caso aconteceu. “Sua família e amigos vão precisar. Não acredito numa tragédia dessas! Que Deus dê conforto à família e amigos! Sou apenas uma pessoa comovida com toda essa tragédia!”, afirmou.
A assessoria de imprensa do Portal Shopping, onde aconteceu o acidente, informou ao G1 por meio de nota que “a brigada do shopping chegou logo após o acidente e prestou todo atendimento, mas a vítima não resistiu”. Também segundo o texto, o shopping disse que “lamenta a fatalidade e informa que está prestando toda assistência à família da vítima”. Até que as investigações sobre o incidente sejam concluídas, a loja ficará fechada e interditada.
A empresa Sweet Play, onde a vítima trabalhava, também se manifestou em nota. O órgão disse que “está consternado com a fatalidade envolvendo sua funcionária”. O comunicado ressalta que “até amanhã [segunda-feira, 25], uma equipe de peritos especialistas em segurança de parque, contratada pela empresa, vai chegar a Goiânia para fazer a análise do acidente e no sistema que opera o carrinho de bate-bate”.
O texto informa ainda que a empresa foi autorizada a operar pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) há cerca de um mês. “Todas as manutenções e laudos necessários para a operação haviam sido feitos, em 22 de junho de 2016, respeitando os prazos dos órgãos competentes”, completou. Por fim, a nota informa que “A Sweet Play já está prestando toda assistência à família”.
Família
O tio da vítima, o policial militar Sidicley Alves dos Santos, de 40 anos, contou que a sobrinha saiu de Cariri do Tocantins(TO), onde a família mora, para tentar estudar e trabalhar em Goiânia. Segundo ele, a jovem havia encontrado o trabalho há pouco tempo.
“Era uma menina muito alegre, saiu de lá para estudar. Ela vinha procurando serviço e encontrou esse, estava bem feliz com esse trabalho. Ela trabalhava com brinquedos do parquinho de diversão”, contou ao G1.
O parente relata que foi informado que a jovem morreu por causa de uma descarga elétrica. “Um dos médicos legistas me chamou e me informou que o laudo definitivo ainida vai demorar 30 dias, mas disse que com certeza ela foi eletrocutada”, lamentou.
Segundo o tio, o corpo da vítima deve ser levado para Cariri, onde será velado e sepultado. Ainda não há previsão a respeito no horário da saída para a cidade ou em qual cemitério ela será enterrada.(fonte:g1/go)