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Ambulatório da Maternidade Dona Iris deve fechar a partir de 2ª, diz diretor

Fundação que administra hospital diz que tem R$ 24 milhões de dívidas.
Exames, consultas e cirurgias que estavam agendadas serão canceladas.

O Hospital e Maternidade Dona Iris deve suspender todo o atendimento ambulatorial a partir da segunda-feira (13), por conta de uma dívida de mais de R$ 24 milhões da Prefeitura de Goiânia com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), que administra a unidade. De acordo com a direção do hospital, apenas a emergência continuará funcionando normalmente.

Segundo o diretor do hospital, o médico Maurício Viggiano, todas as consultas, exames e cirurgias eletivas que estavam agendadas já começaram a ser canceladas. Segundo ele, cerca de 250 pacientes ficarão sem atendimento na próxima semana. O diretor disse , nesta sexta-feira, que a unidade não tem dinheiro para comprar medicamentos ou qualquer insumo hospitalar.

Além disto, Viggiano afirma que os funcionários estão sem receber o salário do mês de fevereiro.

“Não temos condições de continuar funcionando desta forma, por isso vamos ter que fechar as portas do ambulatório. É uma situação muito ruim para a sociedade que ficará sem o serviço e para os servidores que estão sem salário e sem ter estrutura essencial para poder prestar um bom atendimento”, disse.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia enviou nota  em que afirma que o termo de convênio firmado em 2012 com a Fundahc, para administração do Hospital e Maternidade Dona Iris e Maternidade Nascer Cidadão, “prevê um valor estimado de repasse para a realização dos serviços acordados”.

Segundo o órgão, ao longo do convênio, “houve ampliação dos serviços executados mediante celebração de termos aditivos, os quais culminaram em acréscimo de cerca de 113% em relação ao valor inicial do convênio”.

No entanto a secretaria alega que “desde a gestão passada (setembro), não consegue repassar o valor acrescido”.

“Em janeiro deste ano, ao ser identificado esse descompasso entre o valor e a disponibilidade financeira da Secretaria – e em cumprimento às cláusulas do convênio, a Secretaria solicitou junto à Fundação uma readequação dos serviços ofertados, enfatizando a priorização da manutenção da assistência completa ao parto e ao neonato com qualidade. Todos os meses os pagamentos realizados nesta gestão tem sido dentro do ajuste solicitado”, diz a nota.

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o diretor do hospital chama atenção para o fato de que exames preventivos essenciais para a saúde feminina deixarão de ser feitos a partir da segunda-feira.

“É um problema antigo, não é de agora, mas não foi resolvido. Estou mobilizado em muitas reuniões, mas não chegamos a uma solução prática para que não precisemos interromper serviços essenciais como o de ultrassonografia e mamografia, exames essenciais para a garantia da saúde da mulher e prevenção de doenças”, disse.

Dívida
Em nota a, o diretor Executivo da Fundahc, José Antonio de Morais, informou que, dos mais de R$ 24 milhões de dívida com o convênio da maternidade R$ 13 milhões são relativos ao passivo trabalhista de 540 funcionários da fundação que trabalham na maternidade. Outros R$ 11 milhões são de dívidas com fornecedores de produtos e serviços, além da folha de pagamento do mês de fevereiro.

O restante, conforme divulgado pela fundação, é de dívida com encargos sociais e dívida com a própria Fundahc, “que fez aportes de recursos próprios para o convênio a título de empréstimos e não está conseguindo reaver esses empréstimos”.

Por conta destas dívidas, a direção da Fundahc encaminhou um ofício ao hospital em que determina que nenhum pedido de compra aos fornecedores seja feito a partir desta sexta-feira. Além disto, orienta a maternidade a não comprar material de consumo ou medicamentos com recursos do convênio.

Além do Hospital e Maternidade Dona Iris, a fundação afirma que a SMS deve cerca de R$ 2 milhões para a Maternidade Nascer Cidadão, que continua com o atendimento normal.diretor

Fonte:G1

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