Parentes de mortos no engavetamento em GO esperam para enterrar corpos.
Vítimas de acidente na BR-153 no norte de Goiás ainda estão no IML de Goiânia. Corpos dependem de exame de DNA para serem liberados, mas não há reagente para fazer análise.
Um mês após o acidente que matou três caminhoneiros do Tocantins na BR-153, em Goiás, os parentes ainda não conseguiram enterrar os corpos. Isso porque eles ainda não foram liberados pelo IML. O acidente envolveu nove veículos e matou quatro pessoas. As vítimas ficaram carbonizadas e precisam passar por exame de DNA para identificação.
Cleyanderson Rodrigues é sobrinho de um dos caminhoneiros. Ele diz que entrou em contato com a delegada responsável pelo caso e a resposta não foi nada animadora. “Está faltando um reagente e esse reagente vem dos Estados Unidos. Não tem data prevista para ele chegar”, disse. O tio dele é Arione Rodrigues de Araújo.
O acidente aconteceu no início de outubro na região norte de Goiás e envolveu cinco caminhões, três carretas e um carro de passeio. Os corpos continuam no IML de Goiânia.
Segundo o Instituto Médico Legal, o motivo da demora seria o estado em que os corpos foram encontrados e o resultado pode demorar ainda 60 dias para ficar pronto.
Para a mãe de Arione Rodrigues, esperar tanto tempo para poder enterrar o filho caçula torna a dor ainda maior. “Se tivesse pelo menos enterrado, você via. Mas desse jeito aqui é triste”, lamentou Maria Rodrigues de Araújo.
Entenda
Um acidente com nove veículos deixou ao menos quatro pessoas mortas na BR-153, em Mara Rosa, região norte de Goiás. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a colisão envolveu oito veículos de carga e um carro de passeio, que pegaram fogo logo em seguida. A pista está interditada nos dois sentidos.
As múltiplas batidas aconteceram na noite de sábado (7), por volta das 20h20. São cinco caminhões, três carretas e um carro pequeno. Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas foram carbonizadas. Todas elas eram ocupantes dos veículos pesados e ainda não foram identificadas.
Outras oito pessoas foram socorridas com ferimentos leves e atendidas no local. Elas não tiveram de ser encaminhadas para o hospital.
A PRF suspeita que o acidente foi causado depois que uma das carretas fez uma ultrapassagem proibida no local. Inicialmente, duas carretas se envolveram na batida. Em seguida, os outros veículos também foram colidindo.
G1/TO