A bebida pode ser usada como alimento funcional.
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu mais uma carta patente de invenção à Universidade Federal do Tocantins (UFT) no final do ano passado.
A concessão foi publicada na Revista de Propriedade Industrial (RPI), número 2658, na seção de Patentes, no dia 14 de dezembro. Em julho, a instituição já havia recebido outra carta patente pelo desenvolvimento de uma maionese com polpa de açaí.
A nova patente é decorrente da “Bebida Láctea Fermentada à Base de Extrato Hidrossolúvel de Amêndoa de Babaçu”, que foi desenvolvida pelos professores Zilda Doratiotto, Abraham Damian Zuniga e Aroldo Arévalo Pinedo, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) e da Rede Bionorte.
O invento refere-se à fabricação de uma bebida láctea e compreende uma composição específica contendo leite, soro de queijo e extrato hidrossolúvel de amêndoa de babaçu (Orbignya speciosa). A bebida é fermentada com cultura probiótica, sendo usada como alimento funcional.
Para a professora Zilda Doratiotto, “esta patente vem contribuir com a área de Tecnologia de Alimentos no desenvolvimento de um novo produto, baseado no coco de babaçu, matéria prima da nossa região; além do que a insere na conservação da biodiversidade da Amazônia Legal”, explica.
A coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da UFT, Claudia Auler, destaca que essa patente é mais uma tecnologia produzida pela UFT na Amazônia Legal mesmo com todos os contratempos e dificuldades.
“A tecnologia protegida por essa patente mostra que a ciência da UFT está promovendo e possibilitando o uso sustentável de nossa biodiversidade, e pode ser ampliada para outras realidades. O processo de depósito e concessão de uma patente é longo e envolve várias etapas, exigindo tempo e dedicação dos pesquisadores e do NIT da Universidade. Em 2021 tivemos as primeiras concessões de patentes da UFT, o que mostra que estamos avançando na proteção de propriedade intelectual e que as tecnologias desenvolvidas estão sendo reconhecidas como inovadoras por terem novidade, aplicação industrial, atividade inventiva e suficiência descritiva”.
De acordo com dados do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a UFT detém 106 ativos de propriedade intelectual, desses 50 são pedidos de patentes e 56 registros de programa de computador. Em 2021, foram depositados 14 ativos junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Núcleo de Inovação Tecnológica
O NIT é o setor responsável pelos trâmites internos para a proteção de propriedade intelectual, como recebimento de comunicados de invenção, preparação e formalização de contratos de cessão de titularidade, entre outros, bem como pelo depósito e manutenção dos ativos imateriais junto ao INPI.
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AF Notícias.