A categoria exige que o Governo faça uma revisão da política de preços.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, nesta quinta-feira (21/10), um ‘auxílio diesel’ no valor de R$ 400,00 para 750 mil caminhoneiros, numa tentativa de arrefecer os ânimos da categoria.
O anúncio foi realizado à tarde, em Pernambuco, onde o presidente cumpre agenda. Ele não disse de onde vai tirar os recursos nem a partir de quando o benefício será pago. À noite, na tradicional live de quinta-feira, ele afirmou o valor, que pode pode custar R$ 3,6 bilhões ao longo de 12 meses.
No entanto, a tentativa do presidente pode sair frustrada. Conhecido popularmente como Chorão, o caminhoneiro Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, chamou a ajuda oferecida por Bolsonaro de ‘piada de mau gosto’ e explicou que o valor não atende nenhuma das reivindicações da categoria.
Em nota, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística, Carlos Alberto Litti Dahmer, afirmou que “Ao invés de tratar a causa, quer tratar o efeito colateral dela. É preciso extirpar o mal dessa política errada da Petrobrás que começou no governo Temer e segue no governo Bolsonaro”.
Greve mantida para o dia 1/11
A paralisação nacional dos caminhoneiros autônomos e celetistas está mantida para o dia 1º de novembro e é organizada pela CNTTL, Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA).
Entre as reivindicações, a categoria exige que o Governo Federal faça uma revisão da política de preços da Petrobras, para que seja cobrado um preço que os caminhoneiros brasileiros possam pagar o óleo diesel, além de atualizar a tabela de Piso Mínimo de Frete, ante ao gatilho do aumento do diesel que já ultrapassa o determinado em lei.
AF Notícias.