Fonte:G1/GO
Ele fez vigília em um cruzamento da capital onde infrações foram cometidas.
Antigo proprietário diz que débitos com o Detran somam mais de R$ 16 mil.
O gerente administrativo, Rui Righy Amaral, que recebeu mais de R$ 16 mil em multas por uma moto que já havia vendido, encontrou o veículo após fazer vigília em um cruzamento de Goiânia. Depois de 15 dias procurando pela motocicleta, Rui descobriu que ela havia sido comprada pelo dono de uma oficina há pouco tempo. A moto foi a apreendida até que o problema das multas seja resolvido.
“Fiquei muito tempo na Rua C-107 com a Avenida T-63 fazendo vigília. Começava cinco da manhã parava às sete, sem ir ao banheiro, beber água, sem comer. Da época que eu vendi ela, está muito estragada, mas eu estou feliz por ter resolvido parte do meu problema hoje”, contou Righy.
O veículo foi encontrado na sexta-feira (22), dez anos depois de ter efetuado a venda. Segundo Rui, o veículo foi vendido na época para uma revendedora de Anápolis e o dono da oficina provavelmente não é o autor das multas, visto que adquiriu o veículo há poucos dias. Segundo o novo proprietário, ele possui um recibo que comprova a compra da moto.
Rui conta que na hora da transação, confiou na revendedora e assinou o recibo de transferência em branco. “Ele falou para mim que, quando vendesse, não ia datar e nem colocar o nome dele porque ia fazer apenas uma transferência”, disse Rui. Assim, quando a empresa encontrasse um comprador, apenas preencheria com os dados do novo dono.
Rui e a esposa saíram de Uruaçu, no norte de Goiás, onde moram, para ficar vigiando o cruzamento da T-63 com a Rua C-107, no Jardim América. A lista de multas mostra que o condutor passava pelo local geralmente pela manhã. Além das multas, o novo dono não pagava o licenciamento desde 2010, o que totaliza mais de R$ 2,2 mil.
Após ser encontrado, o veículo foi levado ao pátio do Polícia Rodoviária Estadual, que fica na GO-040, onde deve ficar apreendido até que o processo seja resolvido na Justiça.
O Departamento Nacional de Trânsito de Goiás (Detran-GO) informou que não se responsabiliza por casos como o de Rui, já que, na venda de veículos a transferência deve ser feita em trinta dias, sob pena de multa.