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Ministério Público pede cassação de Olyntho Neto por causa dos R$ 500 mil apreendidos nas vésperas das eleições

Procurador também pediu a cassação do deputado eleito Tiago Dimas. Eles foram denunciados por captação e gastos irregulares durante a campanha das eleições de outubro.

O Ministério Público Federal pediu nesta quinta-feira (19) a cassação dos diplomas do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e do deputado federal eleito Tiago Dimas (SD). O procurador Álvaro Manzano apontou nos pedidos que houve captação e gastos irregulares durante a campanha das eleições de 2018. No início desta semana, a procuradoria também pediu a cassação dos diplomas de outra deputada federal e dois parlamentares estaduais.

No caso de Olyntho Neto, o pedido de cassação é resultado das investigações que apuram a quantia de R$ 500 mil encontrada em uma mala com o irmão dele, Luiz Olinto. O dinheiro foi encontrado nas vésperas das eleições em um carro da Assembleia Legislativa, em Araguaína, norte do Tocantins. Além disso, um policial militar da casa de leis foi flagrado fazendo a segurança do dinheiro.

O deputado eleito Tiago Dimas foi denunciado porque fez uma doação para a própria campanha no valor de R$ 1 milhão. Segundo o procurador, o dinheiro não tinha sido declarado no registro da candidatura.

Os pedidos de cassação foram protocolados nesta quarta-feira (19), mas só serão analisados em 2019, após o fim do recesso do judiciário.

O site solicitou posicionamento para a assessoria do deputado Olyntho Neto e aguarda resposta. O assessor de Tiago Dimas não atendeu as ligações.

Outros pedidos

O Ministério Público Eleitoral do Tocantins pediu ao Tribunal Regional Eleitoral que casse o diploma da deputada federal Dulce Miranda, do deputado estadual Nilton Franco e do deputado estadual eleito Jair Farias, todos do MDB. Também foi feito o mesmo pedido com relação ao suplente de deputado estadual, Zé Haroldo (MDB).

O pedido é do procurador da república Álvaro Manzano, que identificou indícios de irregularidades nas contas de campanha para as eleições de outubro. A suspeita é de que houve distribuição indevida de R$ 865 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

O dinheiro deveria ser destinado exclusivamente a campanhas de mulheres, mas o MP acredita que o comitê de Dulce recebeu os recursos e redistribuiu aos outros três candidatos. Deste valor, R$ 600 mil teriam sido destinados a Jair Farias, R$ 200 mil a Nilton Franco e R$ 65 mil a Zé Haroldo.

G1 Tocantins.

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