O capitão reformado superou Fernando Haddad, do PT; a apuração das urnas segue em curso, mas matematicamente o petista não consegue virar.
Candidato ao Planalto pelo PSL, Bolsonaro venceu o segundo turno das eleições com 55,63 % dos votos, contra 44,37 % do adversário Fernando Haddad, do PT.
A apuração das urnas ainda não terminou, mas matematicamente o petista não consegue alcançar o parlamentar.
Capitão reformado do Exército e deputado federal há 27 anos, Bolsonaro assumirá o cargo executivo no dia 1º de janeiro de 2019, quando receberá das mãos de Michel Temer, em Brasília, a faixa presidencial.
Campanha
Jair Bolsonaro liderou as pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha eleitoral. Na reta final, ele chegou a perder alguns pontos, mas mesmo assim venceu.
Antes do primeiro turno, no dia 6 de setembro, ele sofreu um ataque a faca durante um ato em Juiz de Fora (MG) e teve de passar por dois procedimentos cirúrgicos. Com a saúde debilitada, o capitão reformado passou a fazer campanha junto aos eleitores somente nas redes sociais, além das propagandas gratuitas de rádio e TV.
Bolsonaro também evitou os debates contra Haddad no segundo turno, mesmo tendo liberação médica para participar.
Nono presidente da “Nova República”
Jair Bolsonaro será o 9º presidente da “Nova República”, que começou em 1985, após a Ditadura Militar. De lá até hoje, o Brasil foi governado por Tancredo Neves*, José Sarney (1985 – 1990), Fernando Collor (1990 – 1992), Itamar Franco (1992 – 1995), Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2003), Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2011), Dilma Rousseff** (2011 – 2016) e Michel Temer*** (2016 – 2018)
* Tancredo tinha posse marcada para o dia 15 de fevereiro de 1985, mas a cerimônia não chegou a acontecer porque o então presidente eleito ficou doente na véspera e acabou falecendo em 21 de abril do mesmo ano.
** Dilma, a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da República, teve o mandato interrompido no dia 31 de agosto, após um processo de impeachment.
*** Temer, vice de Dilma Rousseff, assumiu o Planalto após o impeachment da petista.
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