Cristiano Rocha ficou mais de 30 dias internado em hospital após acidente. Outras três pessoas que estavam na aeronave morreram no local; o empresário Robson Cintra sobreviveu.
O corpo do piloto de avião Cristiano Felipe Rocha Reis foi enterrado às 13h20 desta sexta-feira (31) no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia. Ele foi uma das vítimas da queda de um avião no Pará, que deixou mais três mortos ainda no local e um sobrevivente.
Cristiano morreu na noite de quinta-feira (30), após ficar 33 dias internado em um hospital da capital. Durante o enterro, centenas de familiares e amigos se despediram com rosas brancas nas mãos e uma salva de palmas. O helicóptero da Polícia Militar sobrevoou o túmulo como forma de última homenagem.
Ainda muito abalados, parentes e amigos não quiseram dar entrevista e pediram que a imprensa não acompanhasse de perto o sepultamento.
O empresário Robson Cintra, único sobrevivente da queda do avião, compareceu ao enterro. Ele estava com máscara e roupa de proteção contra o sol e ficou ao lado do caixão durante todo o tempo.
Amigos das policiais civil e militar também estiveram no enterro. Eles lembraram que todos se conheceram na escola de aviação e que Cristiano chegou a voar no helicóptero da Polícia Civil no início de sua carreira.
No momento do enterro, o helicóptero da PM sobrevoou em círculos o túmulo de Cristiano por alguns minutos. Em seguida, retornou para a base.
Queda do avião
O acidente que deixou Cristiano gravemente ferido ocorreu no último dia 27 de julho, quando o avião em que ele estava caiu próximo à comunidade de Barra Mansa, em São Felix do Xingu, sudeste do Pará. Cinco pessoas estavam na aeronave, sendo que três morreram: Victor Gabriel Tomaz, de 10 anos, Evandro Geraldo Rocha Reis, de 73 anos, e José Gonçalves de Oliveira, de 72.
Cristiano e o empresário Robson Alves Cintra, saíram do local com vida e foral levados para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde receberam os cuidados médicos e ficaram internados.
O piloto ficou na unidade 33 dias, mas não sobreviveu. Já o empresário segue se recuperando dos ferimentos. Na última sexta-feira (24) um amigo dele publicou um vídeo nas redes sociais que mostra ele em casa agradecendo pelas orações.
Investigação
A Polícia Civil do Pará informou que o avião partiu do aeroporto de Ourilândia do Norte, a cerca de 900 quilômetros da capital Belém, por volta das 13h30h de sexta-feira, mas não explicou qual o destino. Em pane durante o voo, o piloto teria realizado um pouso de emergência e a aeronave pegou fogo.
Informações no site da Agência Nacional Brasileira (Anac) apontam que o modelo da aeronave que caiu no Pará era 210L. O avião foi fabricado pela Cessna, em 1976, e não pertencia a nenhum dos ocupantes.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, a aeronave estava com o certificado de aeronavegabilidade vencido desde agosto do ano passado e, por isto, não tinha autorização para voar.
G1 Tocantins.