Caso foi denunciado pela mãe da menina após a garota admitir o relacionamento. Vigia trabalhava em escola do distrito de Buritirana e foi afastado pela prefeitura.
O vigia de uma escola municipal no distrito de Buritirana, na zona rural de Palmas, foi afastado do trabalho por suspeita de estupro. O caso foi denunciado à Polícia Civil em julho deste ano pelos pais da menina, que tem apenas 13 anos.
A mãe da adolescente contou à polícia que começou a perceber um comportamento diferente na filha, que também começou a chegar com presentes, inclusive um celular. Porém, só descobriu o relacionamento após vizinhos contarem o que estava acontecendo.
“Todo dia ela chegava da escola, tomava banho ia para a quadra jogar bola. Um certo dia, ela começou a tomar banho, arrumar o cabelo e escovar os dentes para ir à quadra. Eu comecei a perceber: esse trem tá muito estranho”, disse a mãe da menina.
Depois disso, a adolescente admitiu que tinha um envolvimento com o homem desde maio deste ano. Conforme a lei brasileira, manter relação sexual ou praticar qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos, ainda que exista consentimento, é considerado estupro de vulnerável.
“Ele falava para ela que se caso eu ou o pai dela descobrisse alguma coisa era para ela avisar imediatamente porque ele dava um jeito de encobrir as coisas”, disse a mãe.
Após a mulher registrar o boletim de ocorrência, o vigia começou a mandar cartas para a adolescente por meio de amigas da menina. “Vamos marcar um dia. Sábado, lá naquela rua escura à noitinha. Vamos entrar no mato, lá mesmo no pé de puçá”, diz trecho de uma das cartas.
Ele até instruiu o que ela deveria falar se o relacionamento fosse descoberto. Segundo a mãe, a menina conheceu o vigia no período noturno, no momento em que várias crianças praticam futebol na quadra esportiva da escola.
As cartas foram entregues para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. A delegada informou que abriu um inquérito para investigar o caso e os agentes vão na tarde desta quinta-feira (23) ao distrito para dar continuidade às investigações.
A Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed) disse que o caso não aconteceu no ambiente escolar e que quando tomou conhecimento afastou o servidor imediatamente, até que as investigações policiais sejam concluídas.
G1 Tocantins.