Douglas José da Silva, de 17 anos, era procurado pela família desde junho deste ano, quando saiu de casa e não voltou; identificação foi confirmada após exame antropológico de arcada dentária.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou, nesta sexta-feira (10), que a ossada encontrada em uma mata de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, é de Douglas José da Silva, de 17 anos, que estava desaparecido desde junho. A confirmação da identidade foi feita após exames de análise antropológica e da arcada dentária, após a família já ter reconhecido as roupas e objetos pessoais do adolescente.
“Foi realizada análise antropológica e odontolegal dos restos mortais, e após comparação das particularidades evidenciadas em documentação odontológica encaminhada pela família para confronto, foi confirmada a identificação. Ficou constatada ainda que a morte ocorreu por disparo de arma de fogo”, diz o comunicado divulgado pelo órgão.
A identificação divulgada nesta sexta-feira (10) foi feita pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC). A ossada foi encontrada na segunda-feira (6) após uma pessoa que passava pela região ver a ossada na mata. A Polícia Civil foi até o local para fazer uma perícia. Segundo os agentes, é provável que os ossos sejam de uma pessoa do sexo masculino.
Douglas desapareceu no último dia 21 de junho, em Aparecida de Goiânia. Um amigo do desaparecido disse que Douglas presenciou uma troca de tiros em que duas pessoas morreram, há cerca de um mês, em uma distribuidora de bebidas. Desde então, Douglas teria começado a receber ameaças por meio de mensagens.
‘Esperança acabou’
A mãe do adolescente, a auxiliar de serviços gerais Josiane Andrade da Silva, de 32 anos, já havia dito, na última terça-feira, que não acreditava que o filho estivesse vivo. Na data ela contou que reconheceu as roupas usadas pelo garoto na ossada.
“A gente tinha esperança de encontrar ele até o fim, mas agora a minha esperança acabou”, lamentou.
Testemunha de homicídio
Amigos disseram à família que Douglas presenciou um tiroteio em uma distribuidora de bebidas em que duas pessoas morram, e que desde então, passou a receber ameaças. Porém, o adolescente não falou sobre isso com a mãe.
No dia em que Douglas teria presenciado o crime, ele conversava com a mãe pelo telefone. “Ele estava em casa e escutou um monte de tiros. Ele disse que ia sair para ver, eu tentei falara para ele não ir, mas ele foi até o portão para ver o que tinha acontecido e ficou sabendo do caso”, disse.
Apesar disso, a mãe contou que o garoto nunca relatou que estava sofrendo ameaças. No dia em que desapareceu, a família encontrou manchas de sangue, vidro quebrado e o celular do adolescente sobre a cama. Isso levou a crer que Douglas teria sido sequestrado.
“O Douglas devia saber de algo, para alguém entrar lá dentro, pegar ele. Eu não sei o que aconteceu, porque passam mil coisas pela cabeça da gente. E gera uma angústia não saber o que aconteceu, o porquê”, completou.
G1 Tocantins.