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Vereador investigado por desvio na Prefeitura de Palmas é preso no aeroporto do RJ

Delegado informou que Major Negreiros foi detido pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele estava no Chile com a família e é suspeito de fazer parte de um suposto esquema criminoso.

O vereador Major Negreiros, investigado por fazer parte de um suposto esquema criminoso que desviou R$ 7 milhões da Prefeitura de Palmas, foi detido pela Polícia Federal no aeroporto do Rio de Janeiro. A informação é do delegado da Polícia Civil, Guilherme Rocha, responsável pelas investigações.

O parlamentar tinha um mandado de prisão em aberto. Ele estava viajando para o Chile com a família, quando foi deflagrada a 2ª fase da operação Jogo Limpo. Três parlamentares teriam participado do esquema.

Major Negreiros está sob custódia da PF do Rio de Janeiro e será encaminhado para Palmas. O site aguarda contato com a defesa do vereador.

Ao todo, 26 mandados de prisão temporária foram cumpridos na última sexta-feira (3), sendo que 24 pessoas foram liberadas, entre elas o vereador Rogério Freitas. Apenas o presidente da Câmara de Vereadores, José do Lago Folha, segue preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

As investigações apontam que eles fazem parte de um suposto grupo criminoso que desviou R$ 7 milhões da Fundação Municipal de Esporte e Lazer (Fundesportes) e da Secretaria de Governo e Relações Institucionais da capital. A verba seria destinada a projetos sociais, mas o dinheiro teria sido usado em campanhas eleitorais de 2014.

O esquema

O esquema envolve quatro núcleos compostos por servidores, políticos, empresas fantasmas e entidades. Segundo a decisão judicial, 10 entidades investigadas admitiram o uso de notas frias fornecidas por sete empresas fantasmas.

As notas seriam para justificar despesas e serviços não realizados. Depois, o dinheiro seria desviado para servidores e agentes políticos ou para terceiros indicados por eles.

A polícia informou na última sexta-feira (3) que encontrou R$ 40 mil na conta do vereador Rogério Freitas oriundos de uma empresa fantasma utilizada no esquema e R$ 10 mil na conta pessoa do vereador Folha.

Outro lado

O presidente da Câmara de Palmas disse que teve ciência das denúncias através da imprensa. Falou que desconhece e que não autorizou que fossem feitos depósitos na conta dele e garante que é inocente. A defesa dele informou que fez o pedido de liberdade.

A Prefeitura de Palmas informou que está à disposição da Justiça e da investigação para contribuir com qualquer esclarecimento. O vereador Rogério Freitas disse em entrevista à TV Anhanguera que até o momento não foi acusado de nada e é inocente. O G1 ainda não conseguiu contato com a defesa dos demais citados na reportagem.

1ª fase da operação

A primeira fase da operação foi realizada em fevereiro deste ano contra uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro. O crime era praticado por meio de entidades sem fins lucrativos e empresas fantasmas, conforme as investigações. Ao todo, 10 federações e organizações não governamentais (ONG) podem estar envolvidas, além de quatro empresas.

Na época, os policiais cumpriram 24 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão em Palmas e em mais quatro cidades do Tocantins: Paraíso do Tocantins, Nova Rosalândia, Paranã e Miracema.

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