Crime aconteceu em um correspondente bancário de Araguaína, em 2017. Réu foi condenado por latrocínio e roubo; ele está preso no Piauí e pode recorrer da decisão.
O acusado de matar o sargento da Polícia Militar Jandres Alves Bezerra foi condenado a mais de 35 anos de prisão. Manoel Valdinar Cavalcanti dos Santos foi julgado nesta quarta-feira (1º). O crime aconteceu em maio do ano passado, após o militar reagir a um assalto e trocar tiros com dois criminosos em um correspondente bancário em Araguaína, norte do Tocantins.
O terceiro sargento, que tinha 43 anos, estava na fila de um correspondente bancário esperando para ser atendido, quando dois homens entraram no local. Ele reagiu ao assalto e começou a trocar tiros, mas foi baleado e morreu no local.
Conforme o Tribunal de Justiça, Santos foi condenado por latrocínio contra o policial e roubo contra as demais pessoas que estavam no correspondente bancário.
“Logo, além do crime de latrocínio que vitimou Jandres, houve também a tentativa de roubo contra os demais clientes que estavam na agência e que concretamente sofreram a coação por parte dos autores, os quais só não conseguiram chegar a seu intento por circunstâncias alheias à sua vontade”, explicou o juiz Francisco Vieira Filho na decisão.
O réu foi condenado a 23 anos e nove meses de reclusão pelo crime de latrocínio e a mais quatro anos de prisão pelos roubos. Ao todo, a pena é de 35 anos. Além disso, o juiz determinou que Santos deverá pagar uma indenização de R$ 20 mil aos herdeiros da vítima.
Santos está preso na penitenciária Gonçalo de Castro Lima, em Floriano (PI), onde cumpre pena por porte ilegal de arma. Ele foi defendido por um defensor público e ainda pode recorrer da decisão. O G1 procurou a Defensoria Pública e aguarda resposta da defesa.
Entenda
O outro suspeito do crime era Paulo Josias de Moura. Ele foi baleado na perna durante o tiroteio e conseguiu fugir, mas foi localizado pela PM e morreu após um novo confronto.
Manoel Valdinar Cavalcante dos Santos conseguiu fugir do estado usando o nome de Elismar Cavalcante dos Santos. Ele foi preso oito dias após o crime no estado do Piauí, mas não chegou a ser transferido para o Tocantins porque está cumprindo pena por porte ilegal de arma de fogo no outro estado.
G1 Tocantins.