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Sobrevivente de queda de avião no Pará anunciou fim da carreira de piloto antes do acidente: ‘Dever cumprido’

Cristiano Reis e o amigo Robson Cintra estão internados em estado grave, em Goiânia. Os outros três ocupantes da aeronave morreram no local.

Um dos dois sobreviventes da queda de um avião no Pará, Cristiano Felipe Rocha Reis, de 31 anos, tinha postado nas redes sociais, antes do acidente, que deixaria a profissão de piloto, a qual se dedicou por 13 anos. A Polícia Civil ainda não concluiu quem estava no comando da aeronave no momento do acidente. Cristiano segue internado em estado grave.

“Feliz por ter alcançado todos meus objetivos voando aviões e helicópteros, por ter agarrado todas as oportunidades, aprendi e ensinei o máximo que consegui! Sensação de total dever cumprido e honrado pela credibilidade e confiança que a mim foram depositadas ao longo desses 13 anos conduzindo vidas profissionalmente. Encerro orgulhosamente minha vida como Aviador. Um ciclo se fecha, e um novo cheio de projetos e sonhos se inicia!”, escreveu Cristiano, em maio deste ano.

O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira (27), próximo à comunidade de Barra Mansa, em São Felix do Xingu, sudeste do Pará. De acordo com a Polícia Civil, cinco pessoas estavam na aeronave, sendo que três morreram: Victor Gabriel Tomaz, de 10 anos, Evandro Geraldo Rocha Reis, de 73 anos, e José Gonçalves de Oliveira, de 72.

Sobreviventes

Além de Cristiano, o empresário Robson Alves Cintra sobreviveu à queda. Os dois são moradores de Goiânia e, por isto, deixaram hospitais da cidade de Tucumã e vieram para tratamento especializado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), na capital goiana, onde chegaram na madrugada de sábado (28).

Segundo o último boletim divulgado neste domingo (29), Cristiano e Robson têm quadro grave. Ambos estão internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedados e respiram com a ajuda de aparelhos.

Conforme a TV Anhanguera, o Corpo de Bombeiros afirmou que Cristiano teve 95% do corpo queimado e Robson, 40%. O Hugol não confirmou a informação.

Investigação

A Polícia Civil do Pará informou que o avião partiu do aeroporto de Ourilândia do Norte, a cerca de 900 quilômetros da capital Belém, por volta das 13h30h de sexta-feira, mas não explicou qual o destino. Em pane durante o voo, o piloto teria realizado um pouso de emergência e a aeronave pegou fogo.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou, em nota, que investigadores do Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I), iniciaram, no sábado, a apuração do acidente envolvendo a aeronave de matrícula PP-MMR.

De acordo com o órgão, neste momento as atividades visam coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos. “A investigação realizada pelo Cenipa tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram”, afirma a nota.

Informações no site da Agência Nacional Brasileira (Anac) apontam que o modelo da aeronave que caiu no Pará era 210L. O avião foi fabricado pela Cessna, em 1976, e não pertencia a nenhum dos ocupantes.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, a aeronave estava com o certificado de aeronavegabilidade vencido desde agosto do ano passado e, por isto, não tinha autorização para voar.

G1 Tocantins.

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