Filha da vítima afirma estar indignada e pede que o autor seja punido: ‘É um monstro’.
Idosa Rita Alves Barbosa, de 63 anos, morreu após ser agredida e queimada em Orizona, no sul de Goiás. Segundo a família, ela ficou dez dias internada, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu por causa de uma parada cardíaca na madrugada do último dia 12 de julho no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.
O principal suspeito do crime, segundo a Polícia Civil, é o então namorado da vítima, Cícero Leite de Almeida, também de 63 anos. Há um mandado de prisão preventiva para o idoso emitido no último dia 9 de julho, mas ainda não foi cumprido.
“Minha mãe entrou na UTI em estado grave pelo que o mostro do Cícero fez com ela. Minha mãe não teve chance nem tempo de melhorar. O estado dela foi se agravando. […] Os pulmões ficaram ruins, ela começou a ter febre e sofreu nove paradas cardíacas”, desabafou a filha da vítima, a dona de casa Inês Alves, de 34 anos.
A parente afirmou que quer justiça pela mãe e pede que a Polícia Civil assuma as investigações do caso. Segundo ela, a família teme que o homem possa procurá-los também e causar ainda mais sofrimento.
“Hoje faz 23 dias que ele fez isso com a minha mãe e está ficando por isso. Eu, meu irmão, minha tia ate hoje não fomos chamados para depor. Já deu tempo dele fugir. Estamos correndo risco dele vir aqui fazer mal para a gente”, afirmou.
A assessoria da Polícia Civil informou que irá se posicionar sobre o caso na quinta-feira (26).
Investigação
Na época do ataque, o delegado responsável pelo caso, Igor Carvalho Carneiro, afirmou que o namorado era o principal suspeito do crime.
“Conforme os relatos, o casal estava discutindo […], quando ele bateu nela, jogou álcool e ateou fogo nela. Pouco depois, ele jogou uma coberta por cima, o que apagou as chamas, mas pegou R$ 200 e fugiu em uma moto vermelha”, relatou.
Ainda conforme o investigador, um dos filhos da vítima e enteado do idoso disse que a mãe passou a madrugada inteira sofrendo com as queimaduras, conseguiu caminhar até uma estrada de terra da região e caiu no chão, já sem forças para continuar andando.
“Segundo ele, uma pessoa passou por ela, viu que ela precisava de ajuda e a levou até uma padaria. De lá, chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências [Samu], que a levou até o Hospital São Pio X e, de lá, por causa da gravidade da situação, ela foi levada, de helicóptero, até Goiânia”, completou.
A Polícia Civil pede que, qualquer informação sobre o suspeito, seja repassada à corporação pelo 197.
G1 Tocantins.