Denise da Silva, de 34 anos, foi morta com um tiro na cabeça, no condomínio onde morava, em Goiânia.
O crime foi cometido numa rua próxima da casa da vítima, em um condomínio do Setor Orienteville, na capital, na madrugada desta segunda-feira. Conforme as investigações, como o casal estava separado, o motorista arrombou a porta da casa e começou a discutir com a esposa. Após ser agredida, ela tentou fugir, mas acabou baleada na cabeça.
O preso foi levado para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), em Goiânia. Ele chegou ao local por volta de 16h50 e respondeu à reportagem que “não sabe” o que o levou a cometer o crime.
O suspeito trabalha como motorista do ônibus da dupla sertaneja Henrique e Juliano. A assessoria dos artistas informou que o funcionário estava de folga quando o crime ocorreu e que o contato dele com os músicos é “estritamente profissional”.
O delegado responsável pela investigação, Danilo Proto, havia dito que, apesar de casados formalmente, Denise tinha interesse em se divorciar. Os dois, inclusive, já não estavam morando juntos havia alguns meses.
Natural de São Paulo, Denise se mudou para Goiânia há cerca de 5 anos, quando começou a namorar com Aginaldo. No ano passado, eles se casaram. Tia da vítima, a advogada Idivonete Ferreira Martins afirmou que o casal tinha um relacionamento bastante conturbado e que Aginaldo era violento.
“Para nós, era uma tragédia anunciada. Ele já esteve em minha casa algumas vezes e a postura dele transparecia isso, de um cara violento. Eu já tinha falado para ela vender tudo e voltar para São Paulo. Ela falou que iria resolver tudo, mas a notícia da gravidez os reaproximou”, afirma.
A advogada relatou que há alguns meses, quando a relação estava muito desgastada, Aginaldo ameaçou a mulher durante um episódio.
“Há algum tempo atrás, ela me ligou para se orientar juridicamente. Ela disse que ele chegou na casa dela, que ela comprou, pôs vários móveis em um caminhão e levou embora. Nessa ocasião, ele disse que queria a casa e que, se ela não a cedesse, ‘iria se ver com ele'”.
No entanto, algum tempo depois, segundo Idivonete, ele voltou, pediu perdão, prometeu que ia ser diferente e ela o aceitou de volta.