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Preso suspeito de matar a namorada em apartamento usou toalha e ventilador para tentar disfarçar cheiro, diz irmã

Corpo de Giselle Evangelista foi achado sobre a cama, em Goiânia. Mãe da vítima não aprovava relação, e filho diz que até se mudou de casa por não se sentir à vontade com suspeito.

A família da servidora Giselle Evangelista, de 38 anos, encontrada morta no apartamento do namorado, o comerciante José Carlos de Oliveira Júnior, de 37, está devastada com o crime.

O homem, que foi preso, é suspeito de esganar a mulher. Irmã da vítima, a psicóloga Michelle Evangelista Gonçalves, de 39 anos, disse que o sangue frio dele foi tanto que, após o assassinato, ele tentou disfarçar o odor do corpo antes de fugir.

“Ele teve a capacidade de colocar um pano em cima do rosto dela, uma toalhinha, e ligar o ventilador para que ela não exalasse cheiro rapidamente”, disse ao G1, indignada.

O corpo de Giselle foi localizado na tarde de sexta-feira (16), em um prédio na Vila Alpes, em Goiânia, onde mora José Carlos.

Familiares da vítima contaram à polícia que não conseguiram contato com o casal. Por isso, foram até o prédio em busca de informações e a acharam morta.

Horas antes da vítima ser encontrada, câmeras de segurança do condomínio flagraram o casal passando pelo saguão.

Mãe da vítima, a funcionária pública, Maria Lucia Evangelista, de 59 anos, disse que estava muito abalada, sem notícias da filha, e conseguiu entrar com uma corretora, que é moradora do prédio.

“Eu estava com as pernas bambas, meu peito doendo. A moradora já apontou onde era e vimos que a porta estava aberta. Entrando, olhei e falei: ‘Olha a bolsa da minha filha aqui’. Ela disse: ‘Oi, tem gente aqui? Estou vendo um pé ali’. Eu pensei, será que a minha filha está machucada aí dentro? Ou ele? Nisso ela falou assim: ‘Não. Vamos embora’”, relatou.

Maria Lúcia desceu e chamou a polícia. Depois que os policiais chegaram, a irmã, a prima e o filho de Giselle entraram na casa e viram o corpo.

Principal suspeito do crime, José Carlos foi preso, na noite de sábado (17), em uma mata, em Pirenópolis, onde estava escondido há dois dias.

O delegado responsável pela operação, Dannilo Ribeiro Protto, informou que só dará mais detalhes sobre a prisão e o andamento da investigação nesta segunda-feira (19), em uma coletiva.

O site não identificou e não localizou o advogado do preso para comentar o caso.

Prima, filho, mãe e irmã de Giselle Evangelista pedem justiça pela morte da servidora pública (Foto: Vanessa Martins/G1)

Relacionamento conturbado

A mãe contou ainda que desconfiava do caráter do namorado da filha desde o início do relacionamento. Segundo ela, o homem só se comportava de forma agradável na frente de Giselle, mas quando ela não estava presente, era grosso, frio e de difícil convivência.

“Cheguei a falar para ela: ‘ele não é da minha confiança, ele não te merece’. Eu vi quem era ele. Ele era muito estranho, não sei se foi intuição de mãe, mas ele nunca foi bem visto, mas nunca pensei que chegaria a esse extremo”, disse em entrevista à TV Anhanguera.

Filho da vítima, o estudante Hian Evangelista Gonçalves Ferreira, de 19 anos, contou que a mãe e o namorado estavam juntos há mais de um ano, mas sempre discutiam, o que acabou fazendo com que o jovem saísse de casa.

“Eu morava com a minha mãe, mas depois de certo tempo [dele ficando lá na casa por causa de um reforma no apartamento dele] eu não sentia liberdade e fui morar com a minha avó em outro lugar. De julho ao começo desse ano ele ficou morando sozinho com a minha mãe no apartamento. Eu não gostava dele, não aguentava as brigas deles”, afirmou.

Hian, que vai começar a faculdade nesta segunda-feira, disse ainda que quer entender o que aconteceu na noite em que a mãe foi morta. O filho destaca que, apesar das brigas, não imaginava que nada do tipo pudesse acontecer.

“Estou me sentindo vazio. Vai ser um dia após o outro. Quero olhar na cara dele, no olho dele, e perguntar o que aconteceu naquela noite. Não importa o que ele vai dizer, eu vou perguntar”, afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

Gisele Evangelista foi encontrada morta no apartamento no namorado, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Prima da vítima, a advogada Larissa Evangelista Franco de Castro, de 36 anos, destacou que, com ela, o homem sempre pareceu tranquilo e se questiona se poderia ter feito alguma coisa para impedir o fato.

“Ele era uma pessoa que eu já hospedei na minha casa quando eu morava em outra cidade. Nunca, na minha cabeça, imaginei que pudesse acontecer isso. Por que eu não sai com ela na quinta, porque eu não chamei ela pra sair? Meu arrependimento é de não ter sido mais perspicaz, não ter visto nas entrelinhas”, lamentou.

G1 Goiás

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