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Ministério da Saúde integra força-tarefa para combater surto de conjuntivite em Caldas Novas

Equipe com integrantes do MS e da Secretaria Estadual de Saúde viajaram para a cidade turística para apoiar as ações do município. Cidade turística registrou 500 casos da doença nos últimos 10 dias.

O surto de conjuntivite em Caldas Novas, no sul goiano, fez com que uma equipe com integrantes do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) viajasse para a cidade turística nesta segunda-feira (22). A força-tarefa visa investigar o motivo do aumento do número de casos e a interromper a transmissão. O município turístico registrou 500 casos em 10 dias.

“O objetivo é apoiar o município na investigação do surto visando interromper a cadeia de transmissão. As principais ações do município já foram executadas. Agora, vamos intensificar as ações apoiando o município”, explicou a coordenadora estadual do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde, Ana Cristina Gonçalves de Oliveira.

A Secretaria de Saúde de Caldas Novas explicou que o número de casos aumentou 30% em relação ao ano passado. Só a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) têm registrado cerca de 50 casos da doença por dia. Além dela, os turistas podem procurar outros 17 postos de saúde e o Centro Médico de Especialidades.

A equipe que viajou à cidade é composta por quatro funcionários da SES e três do MS. Eles devem se reunir com os servidores locais para definir as metas que serão adotadas.

UPA de Caldas Novas reforça atendimento para atender aos turistas (Foto: TV Anhanguera/Reprodução).

Transmissão

A conjuntivite dura, em média, até 15 dias. A doença é caracterizada por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. Os tipos mais comuns são o viral, o bacteriano e o alérgico.

Segundo Ana Cristina, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) forneceu material para coleta de secreção ocular. A coordenadora explicou que a Secretaria Municipal de Saúde colheu e enviou, na última semana, cinco amostras.

“O objetivo é identificar qual o tipo de bactéria. Estamos aguardando o resultado, que deve demorar de cinco a sete dias. Provavelmente, mais exames serão feitos. Por enquanto, ainda não identificamos vírus como causador”, explicou.

A grande concentração de turistas facilita a transmissão. O coordenador da vigilância epidemiológica, José Custódio Pereira Neto, disse que os hotéis e espaços turísticos da cidade receberam algumas orientações.“Para que tenham nas suas recepções algum álcool gel ou algum tipo de assepsia mais intensificada para a gente diminuir o impacto dessa doença”, disse.

Porém, alguns turistas reclamam de não terem sido informados sobre o surto. “Fiquei sabendo a partir de agora, né? Infelizmente, a gente já está acometido dessa enfermidade”, disse um turista.

Confira dicas para evitar o contágio:

  • Lave com frequência o rosto e as mãos uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogênicos;
  • Evite coçar os olhos;
  • Aumente a frequência da troca de toalhas do banheiro ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
  • Troque as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto estiver com a doença;
  • Não compartilhe o uso de esponjas, rímel, delineadores, lápis de olho ou de qualquer outro produto de beleza.
  • G1 Goiás

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