Eles são suspeitos de formar quadrilha e usar dados da Justiça para fraudar financiamentos. Policiais estão afastados das funções e a corregedoria da polícia abriu uma investigação.
O Ministério Público Estadual pediu a prisão de dois policiais civis afastados e do ex-chefe da Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional, na região central do Tocantins. Os três são suspeitos de formação de quadrilha e de ter usado dados do sistema da Justiça para fraudar financiamentos de veículos. Os crimes teriam acontecido entre janeiro e maio deste ano.
A polícia suspeita que a quadrilha tenha tentado usar até os carros que foram apreendidos pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos para as fraudes. Os policiais envolvidos no caso estão afastados das funções e a corregedoria da Polícia Civil abriu uma investigação.
O caso
Um dos suspeitos de ser integrante da quadrilha foi detido e prestou depoimento no dia 12 de junho. O grupo movimentou cerca de R$ 2 milhões nos últimos anos. Segundo a Polícia Civil, o homem atuava como escrivão na 4ª DP de Porto Nacional, e se aproveitava do acesso que tinha a documentos de vítimas de crimes para cometer as fraudes.
“Esse policial tem envolvimento direto com uma quadrilha que a gente prendeu recentemente por estelionato e uso de documento falso. Ele usava da facilidade do cargo de escrivão de polícia para pegar senha do sistema do judiciário, catalogar o dado de vítimas e falsificar os documentos para fazer financiamento junto a bancos”, explicou o delgado Correia, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores.
Conforme as investigações, que duraram cerca de quatro meses, o escrivão falsificava carteiras de habilitação e documento de transferência de veículos. Depois, o grupo financiava os veículos das vítimas ou tentava empréstimos em bancos de outros estados.
G1/TO